Com o depoimento de Macarr�o, Bruno foi apontado pela primeira vez por um dos r�us do processo como mandante do assassinato da ex-amante. Com a mudan�a do cen�rio, especialistas em direito criminal se dividem em rela��o ao futuro do principal personagem da trama, que ser� julgado apenas em 4 de mar�o do ano que vem. H� quem acredite que o goleiro est� em maus len��is depois da reviravolta, mas tamb�m h� especialistas que preferem aguardar o que Bruno vai dizer no pr�ximo julgamento, diante de novos jurados, que podem ser convencidos de acordo com o que lhes for apresentado. Segundo os especialistas, a posi��o da opini�o p�blica tamb�m � um fator que pode pesar.
O criminalista Cl�udio Dalledone J�nior chegou a defender Bruno durante a tramita��o do processo e avaliou como muito negativa a repercuss�o do depoimento de Macarr�o para seu ex-cliente. “O Macarr�o era o sustent�culo de Bruno na tese de negativa de autoria. Se os jurados condenarem o bra�o direito do jogador, eles estar�o condenando o meio de duas pontas. Ficar� claro, ent�o, que o crime tem um mentor, e um executor e a� a situa��o estar� complicada para Bruno”, diz.
Para Marcelo Sarsur, que tamb�m atua como criminalista e leciona direito penal, o fato de Macarr�o ter jogado a culpa em Bruno � um fator que n�o deveria, mas pode influenciar o pr�ximo j�ri, em que o goleiro ser� julgado com Bola e Dayanne. “O jurado deve julgar a partir de um processo como um todo, com uma an�lise s�bria das provas, sem que a opini�o p�blica seja fator determinante. Por�m, como decide com base em sua convic��o, � poss�vel que ele se baseie em uma impress�o anterior ao julgamento, motivada pela press�o da opini�o p�blica.”
CONFISS�O PARCIAL O depoimento de Macarr�o repercutiu entre as autoridades policiais que trabalharam no caso. Para o delegado Edson Moreira, ent�o chefe do Departamento de Homic�dios, as informa��es provam que houve um mentor e um executor do crime, como mostraram as apura��es. “Foi importante para esclarecer algumas quest�es, mas � claro que ele confessou parcialmente. Muita coisa n�o aconteceu do jeito que ele falou.” Para a delegada Alessandra Wilke, que tamb�m trabalhou no caso, Macarr�o claramente tenta se beneficiar com rela��o � acusa��o de homic�dio. “Ele tenta se esquivar da cena do crime, que foi a casa do Bola, em Vespasiano. S� que temos bem claro no inqu�rito que a resid�ncia est� na trama. O primo de Bruno relatou seis vezes as caracter�sticas da casa e chegou a urinar quando foi at� l�, morrendo de medo do Bola”, conta. A policial lembrou ainda que as liga��es de celular entre os envolvidos apontaram a presen�a de Macarr�o em Vespasiano.