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Estado de Minas

Futuro do goleiro Bruno divide opini�es


postado em 23/11/2012 06:00 / atualizado em 23/11/2012 08:48

Com o depoimento de Macarr�o, Bruno foi apontado pela primeira vez por um dos r�us do processo como mandante do assassinato da ex-amante. Com a mudan�a do cen�rio, especialistas em direito criminal se dividem em rela��o ao futuro do principal personagem da trama, que ser� julgado apenas em 4 de mar�o do ano que vem. H� quem acredite que o goleiro est� em maus len��is depois da reviravolta, mas tamb�m h� especialistas que preferem aguardar o que Bruno vai dizer no pr�ximo julgamento, diante de novos jurados, que podem ser convencidos de acordo com o que lhes for apresentado. Segundo os especialistas, a posi��o da opini�o p�blica tamb�m � um fator que pode pesar.

O criminalista Cl�udio Dalledone J�nior chegou a defender Bruno durante a tramita��o do processo e avaliou como muito negativa a repercuss�o do depoimento de Macarr�o para seu ex-cliente. “O Macarr�o era o sustent�culo de Bruno na tese de negativa de autoria. Se os jurados condenarem o bra�o direito do jogador, eles estar�o condenando o meio de duas pontas. Ficar� claro, ent�o, que o crime tem um mentor, e um executor e a� a situa��o estar� complicada para Bruno”, diz.

J� o professor de direito penal Leonardo Isaac Yarochewsky, que atua tamb�m como advogado criminalista, acredita ser necess�rio aguardar o que Bruno vai dizer, pois h� casos em que confiss�es n�o bastam para a condena��o. “Jurados julgam de acordo com o princ�pio da �ntima convic��o. Eles v�o condenar ou absolver de acordo com as teses apresentadas. Se o jurado estiver convicto de que o Bruno n�o participou, ele pode absolver, por isso � necess�rio esperar. Tamb�m � importante lembrar que ser�o outros jurados”, afirma o advogado. Ele acrescenta que normalmente o r�u que fala por �ltimo tem mais vantagem, pois tem vis�o mais ampla do processo. “A defesa de Bruno ter� mais tempo para desenvolver sua argumenta��o e poder� usar, inclusive, o depoimento do Macarr�o, coisa que seria mais dif�cil em poucas horas, com o mesmo j�ri para os dois r�us”, completa.

Para Marcelo Sarsur, que tamb�m atua como criminalista e leciona direito penal, o fato de Macarr�o ter jogado a culpa em Bruno � um fator que n�o deveria, mas pode influenciar o pr�ximo j�ri, em que o goleiro ser� julgado com Bola e Dayanne. “O jurado deve julgar a partir de um processo como um todo, com uma an�lise s�bria das provas, sem que a opini�o p�blica seja fator determinante. Por�m, como decide com base em sua convic��o, � poss�vel que ele se baseie em uma impress�o anterior ao julgamento, motivada pela press�o da opini�o p�blica.”

CONFISS�O PARCIAL O depoimento de Macarr�o repercutiu entre as autoridades policiais que trabalharam no caso. Para o delegado Edson Moreira, ent�o chefe do Departamento de Homic�dios, as informa��es provam que houve um mentor e um executor do crime, como mostraram as apura��es. “Foi importante para esclarecer algumas quest�es, mas � claro que ele confessou parcialmente. Muita coisa n�o aconteceu do jeito que ele falou.” Para a delegada Alessandra Wilke, que tamb�m trabalhou no caso, Macarr�o claramente tenta se beneficiar com rela��o � acusa��o de homic�dio. “Ele tenta se esquivar da cena do crime, que foi a casa do Bola, em Vespasiano. S� que temos bem claro no inqu�rito que a resid�ncia est� na trama. O primo de Bruno relatou seis vezes as caracter�sticas da casa e chegou a urinar quando foi at� l�, morrendo de medo do Bola”, conta. A policial lembrou ainda que as liga��es de celular entre os envolvidos apontaram a presen�a de Macarr�o em Vespasiano.

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