Um novo pedido de prote��o para o detento Ja�lson Alves de Oliveira, que testemunhou contra acusados de matar Eliza Samudio, chegou na tarde de ontem �s m�os da ju�za Marixa Fabiane Lopes Rodrigues. A peti��o tamb�m foi encaminhada para Minist�rio P�blico de Minas Gerais pelo defensor do preso, Angelo Carbone. No documento, o advogado pede ainda que Ja�lson seja transferido da Penitenci�ria de Seguran�a M�xima Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH, onde cumpre pena. Segundo Carbone, seu cliente alega que est� recebendo amea�as de morte. A Vara de Execu��o Criminal (VEC) de Contagem, na Grande BH, confirmou o recebimento da peti��o, que est� sendo avaliada.
As amea�as de morte contra Ja�lson, que j� pediu em outras tr�s situa��es pedido de prote��o � Justi�a, a �ltima delas em novembro, teriam come�ado ap�s o preso dizer que ouviu do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, a confiss�o do assassinato de Eliza Samudio. Os dois dividiram cela na Penitenci�ria Nelson Hungria.
Na ocasi�o, Bola teria revelado que o corpo da mulher foi queimado e os restos mortais jogados em uma lagoa. Ja�lson tamb�m denunciou um suposto plano de Bola para matar cinco pessoas envolvidas no processo, entre as quais a ju�za Marixa Rodrigues. O detento confirmou as afirma��es em ju�zo, no f�rum de Contagem, em novembro, ao participar do julgamento de Macarr�o e Fernanda Gomes de Castro, tamb�m envolvidos no desaparecimento e morte da modelo.
Carta
O novo pedido de prote��o, segundo Carbone, foi decidido ap�s o recebimento de uma carta escrita por Ja�lson. No documento, o detento, que por quest�es de seguran�a est� atualmente em uma cela separada, revela estar recebendo novas amea�as de morte e que n�o est� se sentido seguro dentro do pres�dio.
Segundo Carbone, as amea�as estariam sendo feita por agentes prisionais ligados a Bola e tamb�m a mando do policial civil Jos� Laureano de Assis, mais conhecido como Zez�. Este �ltimo chegou a ser investigado por envolvimento no crime contra Eliza, mas n�o foi indiciado. Carbone alega que o cliente est� sendo pressionado, amea�ado e torturado dentro da Nelson Hungria. "Eles querem que o Ja�lson volte atr�s nas declara��es que deu � Justi�a, mas isso n�o vai acontecer. S� n�o entendo at� agora por que n�o prenderam o Zez�, j� que existem provas suficientes do envolvimento dele nesse crime. � a impunidade desse policial que est� trazendo problemas", afirma Carbone.
No documento que Ja�lson enviou a Carbone, ele pede at� a interven��o do ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, para que seja transferido da cadeia.