
Mais uma vez, as buscas pelos restos mortais de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes, terminaram sem sucesso. A nova etapa da procura aconteceu em um lote vago no Bairro Santa Clara, em Vespasiano, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, depois que o primo do atleta, Jorge Rosa Sales, que era menor na �poca do assassinato e sumi�o da ex-modelo, revelou um suposto local da desova. Com o insucesso na opera��o, o jovem afirmou que ficou chateado pois “queria dar um enterro digno” para a mulher. Tamb�m disse que pensou na m�e de Eliza para fazer as novas revela��es.
As buscas pelos restos mortais de Eliza Samudio duraram aproximadamente quatro horas. O primo de Bruno esteve presente desde o in�cio dos trabalhos e chegou a orientar os policiais que usaram uma retroescavadeira e uma enxada para cavar um grande buraco de aproximadamente 5 metros de profundidade. Apenas um par de sapato e uma luva foram encontradas, mas, segundo a Pol�cia Civil, n�o acrescenta nada nas investiga��es.
Ao deixar o local, Jorge se mostrou chateado com o insucesso das buscas. “Estou chateado com o cora��o muito apertado. Pensei que iria dar um enterro digno para ela (Eliza). Eu me coloquei no lugar dela. A m�e dela est� desesperada, pois queria enterrar a filha”, afirmou. Ele n�o descarta que algu�m tenha retirado os restos mortais do lote. “Com certeza sabiam (Bola e Macarr�o) que eu estava aqui fora. Nessa hip�tese, com certeza eles podem ter armado e ter tirado”, explicou.
A mesma hip�tese � compartilhada pelo advogado N�lio Andrade, que d� apoio jur�dico ao jovem. “Ser� que depois da empreitada criminosa se percebeu que ele (Jorge) era um menino, um menor e poderia ser uma parte mais fraca. Eles podem ter falado '� melhor a gente ir l� e tirar'. Pode ter acontecido, mas � uma conjectura. Mas, para todos n�s que conversamos com ele, Jorge � categ�rico”, afirmou.
O advogado sugeriu que futuramente uma m�quina pode ser usada para rastrear o solo. Ele disse que delegados chegaram a cogitar esse trabalho em outro momento. “Eles disseram: ´Numa pr�xima investiga��o vamos arrumar essa m�quina'. A Pol�cia Civil fez a busca no local certo e foi at� al�m”, afirmou.

As buscas come�aram na manh� desta sexta-feira e duraram aproximadamente quatro horas. A Pol�cia Civil chegou a cogitar o adiamento por causa da chuva, mas decidiu manter a opera��o na Grande BH. Com ajuda de uma retroescavadeira e enxadas, os policias cavaram um buraco de aproximadamente 4 a 5 metros de profundidade.
Jorge Rosa Sales orientou os policiais durante a procura. Em alguns momentos, chegou a se afastar do local da escava��o, mas sempre voltava para dar mais dicas. Al�m do delegado Wagner Pinto, chefe do Departamento de Homic�dios e Prote��o � Pessoa (DHPP), acompanharam os trabalhos os delegados J�lio Wilke e Alessandra Wilke, que participaram das investiga��es do caso em 2010. O delegado Frederico Abelha tamb�m comp�s a equipe.
Os trabalhos foram encerrados �s 13h13. O delegado Wagner Pinto, disse que as buscas foram necess�rias porque a pol�cia n�o poderia dormir com essa d�vida, depois da entrevista de Jorge Rosa Sales � R�dio Tupi, no Rio de Janeiro. No entanto, a procura foi sem sucesso. “Objetos encontrados n�o t�m nenhuma relev�ncia para a investiga��o. Est� encerrada a busca efetivamente feita no local”, disse o delegado. Conforme Wagner Pinto, a obriga��o da Pol�cia Civil � esgotar qualquer recurso que possa colaborar com as investiga��es. Foram recolhidos apenas uma luva, um cal�ado e um terceiro objeto que tamb�m parece ser um cal�ado.