
“Ter uma cidade sustent�vel hoje � poss�vel, mas � complexo. Toda cidade para ser sustent�vel tem de ser democr�tica e ter controle e participa��o social em sua gest�o. Todos os habitantes devem estar inclu�dos no projeto de gest�o”, comenta a professora Simone Narciso Lessa, p�s-doutora em saneamento e meio ambiente pela Universidade de Campinas (Unicamp). Para ela, uma cidade autossustent�vel no Vale do Urucuia enfrentaria desafios t�picos da regi�o, como a escassez de produtos locais e o custo para a gera��o de outros servi�os essenciais.
O gerente de pol�ticas p�blicas do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG), o engenheiro civil Jos� do Carmo Dias, diz que esses modelos de cidades devem contar ainda com um aspecto previsto por Niemeyer: sistemas de tr�nsito inteligentes, como vias para ve�culos e pedestres, conforme o plano de Cidade Marina. “Pesquisas apontam que 70% dos deslocamentos humanos de at� dois quil�metros s�o feitos a p�. Isso traz a necessidade de cidades com cal�adas mais humanizadas, sem obst�culos e com faixas elevadas no mesmo n�vel das cal�adas nos cruzamentos. Isso reduz a velocidade no tr�nsito e garante mais conforto para o pedestre”, observa.
Para o coordenador do Programa Nacional de Capacita��o das Cidades, do Minist�rio das Cidades, Paulo Coelho �vila, o modelo adotado por Niemeyer � poss�vel e deve ser seguido. “O conceito de sustentabilidade � bem amplo, mas, de forma geral, diz que n�o se devem usar os recursos dispon�veis de modo a comprometer a capacidade das futuras gera��es.”