
Ad�o Machado diz que, entre 1967 e 1968, Marighella visitou a antiga propriedade no Vale do Urucuia, no Noroeste de Minas, sob o codinome Doutor Duarte. “Ele chegou dizendo que era madeireiro, mas n�o conhecia nenhum nome de madeira. Ele acordava cedo e sa�a pelos matos. Me admirava como ele caminhava muito r�pido. Tinha algum mist�rio com aquele homem”, relata Ad�o.
“Depois, quando vieram os federais – na verdade, integrantes do Destacamento de Opera��es de Informa��o - Centro de Opera��es de Defesa Interna (DOI-CODI) e do Ex�rcito) –, mostraram uma foto e perguntaram se eu tinha visto aquela pessoa. Reconheci ele. Era o Marighella”.

Para Clara Charf, de 92 anos, vi�va de Marighella, o testemunho de Ad�o tamb�m � veross�mil. Em entrevista ao EM, ela chama a aten��o para um detalhe lembrado pelo ex-gerente, como o fato de seu marido ter o h�bito de andar sempre apressado. “Ele usava v�rios codinomes e, quando voltava da clandestinidade, evitava falar nomes de pessoas e por onde andou”, relatou Clara.
LAMARCA
Segundo Ad�o Machado, em 1968, teria passado pela fazenda um homem com o codinome de Rone, o qual ele suspeitou na �poca ser o ex-capit�o do Ex�rcito Carlos Lamarca (1937-1971). O professor e escritor Emiliano Jos�, um dos autores de Lamarca, o capit�o da guerrilha (Livraria Cultura), afirmou ao EM que n�o existe ind�cios de que o guerrilheiro tenha passado por Minas.