A reportagem do EM encontrou as tr�s, em dias e rodovias diferentes, fazendo o gesto internacional para pedir carona. Maria Jos� Almeida (segunda foto), a professora que mora no Serro, levanta �s 5h45. Em 15 minutos, ela troca de roupa e toma caf�: “� tudo muito r�pido para n�o perder o especial que me leva ao povoado de Boa Vista de Lages, onde leciono no grupo Ant�nio On�rio Pires”.
A educadora tem nove alunos numa sala multisserial: “S�o quatro estudantes da 2ª s�rie e cinco da 3ª s�rie. S�o �timos alunos. A manh� � tranquila. O problema � a volta para casa. N�o h� um especial dispon�vel. N�o tenho como pagar do meu bolso, pois meu sal�rio � de R$ 1,1 mil. Se eu tiver de bancar o �nibus (de linha privada) vou gastar R$ 120 por m�s, ou seja, mais de 10% do rendimento. Da� pe�o carona”. A professora viaja cerca de 30 quil�metros.
Dona Maria Neli, que mora no munic�pio de Jos� Gon�alves, tamb�m depende de carona no retorno para casa. “� assim de segunda-feira a sexta-feira”, conta a mulher, que leciona para alunos da 5ª s�rie. “N�o � f�cil, mas � a vida”.
Mas quem diz que as tr�s se rendem �s dificuldades? “Temos de nos inspirar na letra da can��o estampada na camisa que estou usando”, diz Maria de Lourdes, mostrando o refr�o da m�sica Jequitivale, de autoria de Verono (Mark Gladston, 1980-2012) e considerada o hino do Jequitinhonha: “Vale que vale cantar / Vale que vale viver / Vale do jequitinhonha /Vale eu amo voc�”.