(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas Cinquenten�rio

Conhe�a a hist�ria da Arezzo e a cole��o especial comemorativa

Comemora��o homenageia a hist�ria de uma grife que se tornou protagonista da moda brasileira ao longo de cinco d�cadas e � marca-m�e de um grupo de sucesso


18/09/2022 08:00 - atualizado 18/09/2022 08:08

Antiga fábrica da Arezzo
Antiga f�brica da Arezzo em Belo Horizonte, na d�cada de 1990 (foto: arquivo em/d.a press)


No ano do seu cinquenten�rio, a Arezzo tem muitos motivos para comemorar. Conquistou uma legi�o de admiradoras, mulheres que se abastecem nos pontos de vendas espalhados por todo o pa�s, e continua contempor�nea, conectada ao esp�rito de seu tempo, o que lhe garante um frescor permanente. A marca-m�e, ber�o das outras que vieram depois, � um exemplo de empreendedorismo no pa�s, n�o s� no setor de cal�ados e afins, mas no segmento dos neg�cios.
 
A data est� sendo celebrada em grande estilo e, entre outras a��es, o lan�amento do livro “Arezzo 50” � um dos registros mais importantes dessa trajet�ria. O projeto, capitaneado por Giovanni Bianco, diretor criativo da empresa h� mais de 20 anos e refer�ncia mundial em dire��o de arte, re�ne mais de 600 p�ginas de pura express�o de moda Arezzo.
 
 Alexandre Birman
Alexandre Birman, CEO da Arezzo (foto: Leca Novo/Divulga��o)
S�o 50 anos de campanhas hist�ricas que formaram a identidade do fashion nacional, com profissionais de todas as �reas – fot�grafos, maquiadores, stylists, modelos brasileiras e internacionais, que contribu�ram com seu olhar e talento para a constru��o dessa narrativa.

Quem quiser saber mais sobre ela, pode visitar a Galeria Arezzo Oscar Freire, em S�o Paulo. A primeira loja-conceito ser� transformada em um espa�o de experi�ncias multim�dia, que combinam tecnologia com a hist�ria, dos anos 1970 at� os dias de hoje, com curadoria de Muti Randolph. O espa�o ficar� aberto ao p�blico para visita��o durante o m�s de setembro e ter� uma agenda de eventos e ativa��es interativas no per�odo. A navega��o tamb�m estar� dispon�vel para um tour virtual, para os que n�o tiverem disponibilidade presencial.
 
Anderson Birman, com seu filho Alexandre
O s�cio fundador da Arezzo, Anderson Birman, com seu filho Alexandre, em 1992, que se tornou seu sucessor na dire��o da empresa (foto: arquivo em/d.a press)
 
 
Aberta na d�cada de 90, visando dar maior visibilidade para as marcas e fomentar as vendas das outras lojas franqueadas, das lojas pr�prias e de clientes multimarcas, a flagship teve importante papel nesse sentido.
 
A hoje cinquenten�ria Arezzo sempre flertou com a vanguarda, acompanhando os movimentos de moda no Brasil e fora dele, al�m de estimular o potencial criativo dos estilistas brasileiros. Quando a Phytoervas Fashion Week, embri�o da S�o Paulo Fashion Week, aportou em S�o Paulo, traduzindo a veia autoral da cena fashion, se tornou a primeira patrocinadora do evento.
 
Os irmãos Anderson e Jefferson Birman
Os irm�os Anderson e Jefferson Birman, fundadores da marca de cal�ados Arezzo (foto: arquivo em/d.a press)
 
 
� tamb�m da d�cada de 1990 a cria��o do Studio Arezzo, que abrigou novas propostas e profissionais que j� estavam no mercado. Alexandre Herchcovitch, Isabela Capeto, Gl�ria Coelho, Reinaldo Louren�o, entre outros, tiveram cole��es de cal�ados desenvolvidas pela marca para seus desfiles, no auge da maior semana de moda da Am�rica Latina.
 
Conservando esse mesmo tom vanguardista, a celebra��o dos 50 anos � marcada pelo lan�amento da campanha Arezzo Next, que se apoia na ideia “Cinco d�cadas, cinco talentos da moda brasileira” e para o qual foram convidados nomes representativos do momento, como Meninos Reis, Tete Oshima, Laura Cangussu, Normando e Rodrigo Evangelista. Cada um deles reinterpretou modelos �cones de cada d�cada – anos 1970, 1980, 1990, 2000 e 2010.
 
Focando em inova��o, design, P&D – pesquisa e desenvolvimento – e branding, a Arezzo sempre contou com uma eficiente estrat�gia de marketing envolvendo a constante presen�a da marca na m�dia especializada por meio da sua vincula��o a modelos, artistas, celebridades em destaque no momento. Foi uma das primeiras empresas de moda do pa�s a acreditar nessa f�rmula. A estrat�gia de comunica��o integrada e expressiva vai desde a cria��o de campanhas at� o ponto de venda. O resultado surpreende e refor�a o poder da imagem de moda criada por ela ao longo de sua trajet�ria.
Para completar a programa��o comemorativa, ontem, Alexandre Birman – CEO do grupo – e o pai, Anderson, receberam seu time, parceiros e convidados especiais em uma festa no Copacabana Palace, com pocket show de Ivete Sangalo.

Hist�ria

A hist�ria dos irm�os Anderson e Jefferson Birman � inspiradora e j� foi contada repetidas vezes, mas, a cada vez que isso acontece, um novo elemento surpreende na trajet�ria dos mineiros, que, em 1972, seguindo a voca��o empreendedora da fam�lia, montaram uma f�brica em Belo Horizonte, na rua Itajub�, 62, bairro Floresta.
 
O nome da empresa foi escolhido literalmente a dedo. O objetivo era homenagear a It�lia pela sua influ�ncia na moda e por ser um dos principais polos de design do mundo. Com um mapa do pa�s na m�o, apontaram, aleatoriamente, para um ponto – era a cidade de Arezzo, na ensolarada regi�o da Toscana. Gostaram da sonoridade da palavra e batizaram a marca.
 
Come�aram produzindo 50 pares de sapatos masculinos, nos fundos da casa do pai, Henrique Birman, que tamb�m fazia parte da sociedade. O primeiro mostru�rio foi vendido para quatro das principais multimarcas voltadas para esse p�blico no Rio de Janeiro, que, naquele momento, era o principal polo de moda do Brasil. Tempo depois, veio a abertura da loja Gipsy, na Savassi, bairro da moda de Belo Horizonte na d�cada de 1970, para onde canalizaram os cal�ados.
 
No princ�pio, encontraram muitas dificuldades de ordem t�cnica e com m�o de obra, j� que a capital mineira n�o era um polo cal�adista. Os fabricantes que existiam estavam vivendo o fim de um ciclo, eram antigos e tradicionais empres�rios do ramo de Minas Gerais, o que quer dizer que a Arezzo foi a precursora de uma nova gera��o de sapateiros na cidade.
 
A participa��o do pai na empresa representava a pondera��o e a prud�ncia. Com a sa�da dele, os irm�os resolveram investir mais e conduzir os neg�cios com outra vis�o. Atendendo � solicita��o de lojistas, que queriam sapatos femininos, diversificaram a produ��o e terminaram por direcionar a empresa para esse p�blico.
 
Passo a passo, foram crescendo, por�m o sucesso da marca Arezzo s� aconteceu por volta de 1978 com um lan�amento exclusivo: uma sand�lia anabela revestida de juta e com cabedal em atanado. As vendas dispararam e isso fez com que a forma de distribui��o dos produtos fosse repensada pelos s�cios, centralizando-se em quatro cadeias de lojas: a Andarella, no Rio de Janeiro; a Rosa Amarela, em S�o Paulo; a Andr�ia, em Bras�lia; e a Gipsy, em Belo Horizonte.
 
Na d�cada de 1980, a Arezzo j� estava instalada no bairro Gl�ria, em BH. Em 1986, deu in�cio ao sistema de franquias: a abertura de lojas em grandes centros possibilitou a presen�a dos seus sapatos e acess�rios em todo o territ�rio nacional e criou as bases para o fortalecimento desse canal.
 
Mas os desafios continuaram e a falta de suporte na �rea industrial levou � verticaliza��o da empresa. A primeira etapa foi a produ��o de solados, uma decis�o muito contestada na �poca, porque o valor investido em injetoras era muito superior a todo o investimento na f�brica de cal�ados. A injetora exigiu verticalizar para a maqueteria, matrizaria e fundi��o. O mesmo ocorreu com as navalhas, pois n�o havia fabrica��o desses itens na cidade.
 
Segundo depoimento de Anderson, quando a produ��o aumentou, a necessidade de couro de melhor qualidade cresceu e os curtumes na capital mineira ou estavam desativados ou n�o produziam em grande escala ou n�o ofereciam qualidade, o que levou a Arezzo a participar do mercado de couro salgado, adquirindo a mat�ria-prima e mandando fazer o acabamento. A essa altura, j� se trabalhava tamb�m em um sistema integrado com fornecedores na �rea de formas e palmilhas e havia uma f�brica de mat�ria-prima para solados, onde eram desenvolvidos componentes termopl�sticos.

No Sul Nesse momento, percebeu-se que a empresa poderia ser mais competitiva inserida no cluster cal�adista do Rio Grande do Sul, uma vez que a log�stica em BH tinha se tornado complicada. Quando a ind�stria do bairro Gl�ria foi finalmente fechada, a produ��o era de 1,5 milh�o de pares de sapatos por ano e contava com 2 mil funcion�rios. Para orgulho dos s�cios, na condu��o do processo de fechamento n�o houve uma a��o trabalhista sequer.
 
Em 1997, aconteceu a migra��o para o Vale dos Sinos. Dois anos ap�s, a Arezzo estava instalada em Campo Bom, concentrando o trabalho no polo cal�adista ga�cho, o que significou que a decis�o tomada foi acertada pela possibilidade de atuar com efici�ncia na distribui��o das marcas, com ganho de sinergia e fomento de atividades na re-gi�o. O investimento no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Integrado – P&D – tornou-se o maior diferencial do neg�cio.
 
A meta “Arezzo rumo a 2154”, que se tornou um mantra, surgiu em 2004. Nesse ano, um grande palestrante internacional abordou a longevidade das empresas, que, na grande maioria, n�o sobreviviam 200 anos.  O desafio de levar a Arezzo � frente por mais 150 anos, a partir daquela data, instigou Anderson Birman, e ele foi implantado na cultura do neg�cio. Todas as a��es e decis�es empresariais passaram, ent�o, a caminhar no sentido da sustentabilidade.
 
Em novembro de 2007, uma parceria estrat�gica com a Tarpon Investimentos foi vital para que a Arezzo se transformasse em Arezzo&Co e para que, quatro anos depois, fizesse o IPO (Initial Public Offering), se tornando uma companhia aberta com suas a��es negociadas sob o ticker ARZZ3 e listada no Novo Mercado da BM&Fbovespa.
 
No desenrolar da hist�ria e como consequ�ncia do processo iniciado em 2007, que visava ao cont�nuo aperfei�oamento da gest�o de marcas e da companhia, Alexandre Birman, o filho de Anderson, que cresceu dentro de uma f�brica de sapatos, aos 18 anos criou sua pr�pria grife, a Schutz, e, em seguida, a Alexandre Birman, e passou de vice-presidente a CEO do grupo, em 2013, em um movimento natural de sucess�o.
 
Durante todo o tempo, esteve preparado para assumir a presid�ncia. Executivo qualificado e capacitado, tanto no setor de neg�cios quanto no da moda, vem usando seu know-how e larga experi�ncia como empreendedor e design de sapatos para conduzir todo o business.
 
Atualmente, a Arezzo & Co abriga as marcas Arezzo, Shutz, Ana Capri, Alexandre Birman, Fiever, Alme, Vans, AR&Co – Reserva, Reserva Mini, Oficina, Reserva Ink, Reserva Go, Reversa e Simples –, Croc, ZZ MAll, Baw Clothing, My Shoes, Carol Bassi, distribu�das atrav�s de uma rede de lojas pr�prias, franquias, multimarcas e web commerce em todas os estados do pa�s.
 
Internacionalmente, a Schutz e a Alexandre Birman t�m pontos de vendas na Europa e nos Estados Unidos, al�m marcar presen�a em lojas de departamento nesses pa�ses.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)