
Uma boate na Rua Aimor�s n�o para de causar problemas para moradores do Bairro de Lourdes, na Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte. O estabelecimento j� foi autuado por crime ambiental por causa do barulho, teve o alvar� cassado, mas continua funcionando irregularmente. O tormento causado, na �rea que � residencial, testa a paci�ncia dos vizinhos.
De acordo com o analista de sistemas Fabr�cio Vasconcelos, que mora em um edif�cio aos fundos da boate, as festas incomodam os vizinhos durante as madrugadas. Eles denunciaram mais de 20 vezes os problemas trazidos pelo barulho e a Prefeitura de Belo Horizonte j� fez cinco fiscaliza��es no local.
Dessas vistorias, surgiu um processo de interdi��o do estabelecimento seguido de cassa��o do alvar�. “Mesmo interditada, a boate voltou a funcionar. Eles s�o clandestinos e agora est�o fazendo uma reforma na fachada”, conta o analista. Ele relata que o dono da boate arrancou a fita de isolamento inserida pela prefeitura e abriu as portas para eventos.
De acordo com Vasconcelos, depois das chuvas no fim do ano, a parte da frente do estabelecimento ficou estragada. O dono iniciou uma reforma, apontada pelos moradores como irregular. Segundo o analista de sistemas, nenhuma placa com informa��es da obra foi colocada. O morador acionou mais uma vez a prefeitura, por�m mesmo com a presen�a de uma ca�amba de entulhos na porta da boate o fiscal informou que n�o foi constatada obra no local.
Segundo o morador, o chamado sobre a obra � apenas a “gota d´ï¿½gua” para todas as den�ncias j� feitas sobre essa boate. “A minha inten��o � dificultar o estabelecimento de funcionar da forma como vem funcionando”, afirma o analista de sistemas.
O advogado dos moradores de um pr�dio ao lado da casa noturna, Alessandro Galan Raiano, n�o se conforma com a impunidade desse caso. “O respons�vel pelo estabelecimento violou a ordem do Executivo”, declara. De acordo com Raiano, al�m desse processo que culminou na cassa��o do alvar�, outras apura��es tramitam na PBH por causa de infra��es relacionadas ao C�digo de Posturas, que a casa noturna n�o respeita.
Os moradores cobram atitudes da prefeitura em rela��o ao estabelecimento. O advogado diz que o munic�pio se comprometeu a tomar provid�ncia sobre o descumprimento da suspens�o de alvar�, mas nada foi feito. V�rios boletins de ocorr�ncia foram registrados por causa da barulheira que atormenta a vizinhan�a, o �ltimo deles em 10 de fevereiro.
O pr�dio onde Raiano mora tem 104 apartamentos que s�o incomodados pelas festas. O advogado ainda denuncia que a boate tem um fum�dromo (�rea aberta) de onde o som vaza para o edif�cio vizinho. Al�m do barulho, durante a obra foi colocada uma esp�cie de “raspa de pneu”, altamente inflam�vel, em parte do telhado. Moradores questionam a regularidade desse material e se preocupam com os perigos que isso pode trazer para a vizinhan�a.
O advogado afirma que o dono da casa noturna ludibria os fiscais da prefeitura. Segundo Raiano, o propriet�rio mora no im�vel onde funciona a boate e abre a garagem da resid�ncia para alegar que as festas no local s�o particulares.
Fabr�cio Vasconcelos reclama da morosidade da prefeitura e disse que ouviu do �rg�o que n�o h� fiscais suficientes para atender a todas as demandas na Regional Centro-Sul. “A regi�o s� tem fiscal quinta, sexta, s�bado e domingo. Se o barulho for na segunda-feira o problema � dos moradores”, relata.
Nesse caso, a prefeitura informou que os fiscais trabalham aos fins de semana, mas tamb�m atendem nos outros dias, de acordo com as demandas. O cidad�o deve agendar a visita do fiscal que vai ao local medir o barulho.
PBH vai enviar fiscais
Segundo a prefeitura, a boate est� interditada desde maio de 2011 por crime ambiental de polui��o sonora. Depois desse fechamento a PBH foi ao local e n�o constatou o funcionamento da boate e agora enviar� fiscais para verificar as novas den�ncias. Sobre a obra na fachada, o �rg�o disse que esse tipo de interven��o n�o precisa de autoriza��o do munic�pio.
Dono da boate
O em.com encontrou v�rios nomes de casas noturnas relacionadas com o endere�o, entre eles The Luxor Club, Eros Mix Club, New Eros Mix Club e Camerot Pub. Conforme informaram os moradores, a boate mudou de nome muitas vezes. A �ltima denomina��o � a mais recente, usada como refer�ncia na tentativa de contato. Por�m, a reportagem n�o conseguiu falar com o respons�vel pelo estabelecimento.
