
Depois de uma espera de quase dois anos e meio, o coreto da Pra�a da Liberdade, na Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte, vai retomar sua fun��o cultural e de lazer para a popula��o. A reinaugura��o ser� domingo, �s 9h, ap�s a restaura��o do forro, cobertura, piso, guarda-corpo, pintura, impermeabiliza��o da funda��o e piso interno do por�o. A estrutura estava fechada desde fevereiro de 2011, quando foi constatado que o forro de madeira da cobertura come�ava a apresentar desprendimentos, com risco de acidente para os frequentadores.
Os servi�os de restauro come�aram em dezembro de 2012 e os trabalho se estendeu para a cobertura met�lica e elementos art�sticos, al�m de ado��o de novo sistema de impermeabiliza��o das funda��es. Os recursos s�o fruto da parceria entre o Instituto Estadual do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico (Iepha/MG), Banco de Desenvolvimento do Estado de Minas Gerais (BDMG Cultural) e Associa��o dos Not�rios e Registradores do Estado de Minas Gerais (Anoreg-MG).
Instalado nos jardins da pra�a da Liberdade em 1913, o coreto sempre foi espa�o tradicional da capital e, por d�cadas, aos domingos, era ponto de encontro de moradores e visitantes interessados em apreciar as retretas promovidas pela Banda Musical do 1º Batalh�o da Brigada Policial de Minas Gerais. Foi projetado em 1904, por Edgar Nascentes Coelho, para ser o Pavilh�o da M�sica e teria sido o �nico elemento preservado do antigo desenho da pra�a. O conjunto arquitet�nico e paisag�stico do local foi tombado pelo Iepha em 1977.
No in�cio da d�cada de 1990 a Prefeitura de Belo Horizonte, via Administra��o Regional Centro-Sul, com apoio de uma mineradora, restaurou inteiramente a pra�a, depois de minuciosos estudos sobre sua hist�ria e transforma��es ao longo do tempo. O projeto esteve a cargo da equipe da arquiteta J� Vasconcelos. Essa �ltima grande reforma retomou o tra�ado original do espa�o nos anos 1920, �poca da visita dos reis belgas � capital. A entrega do espa�o recuperado foi destaque das comemora��es do 94º anivers�rio de Belo Horizonte, em dezembro de 1991.
Em estilo ecl�tico, a estrutura met�lica do monumento foi trazida da Europa e a base, constru�da em alvenaria. Debaixo da escadaria, uma parede preserva a pintura da �poca. Essa foi a refer�ncia para a equipe de restauro, chefiada por Maria Regina Ramos, refazer o desenho original com pigmento � base de cal que imita a textura e a cor de tijolinhos nas demais paredes, cobertas por tinta acr�lica rosa, marrom e cinza. Conforme o relat�rio t�cnico, foram solucionados problemas como infiltra��o na cobertura e nas paredes do por�o e drenagem no entorno do coreto. O investimento foi de R$ 194,4 mil.
