
Os protestos contra o aumento de tarifas de �nibus voltaram a tomar as ruas do pa�s. Em Belo Horizonte, cerca de 500 pessoas foram ao Centro da capital, mesmo depois que o Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG) acatou pedido de liminar para suspens�o do reajuste das passagens de �nibus suplementares. O tr�nsito ficou complicado e um �nibus teve o parabrisa trincado quando o motorista tentou passar entre os manifestantes. A volta para casa ficou complicada para os belo-horizontinos. Um forte esquema policial impediu a invas�o das esta��es do BRT.
Em S�o Paulo, o ato reuniu cerca de 2 mil pessoas, incluindo Black blocs, e terminou em tumulto. Um grupo de manifestantes depredou lojas e a Pol�cia Militar usou bombas de efeito moral e balas de borracha. No Rio de Janeiro, o encontro foi na Cinel�ndia, principal ponto dos protestos de junho de 2013. N�o houve registro de conflitos na capital fluminense.
Em Belo Horizonte, a concentra��o de integrantes dos movimentos sociais come�ou �s 17h no quarteir�o fechado da Avenida Afonso Pena, entre a Pra�a Sete e a Rua Tamoios. O secret�rio-geral da Associa��o dos Usu�rios de Transporte Coletivo (AUTC), Francisco Assis Maciel, participou do ato e protestou: “Esse �ltimo reajuste das passagens � absurdo. Em pouco mais de um ano, a tarifa m�dia dos �nibus em BH saltou de R$ 2,65 para R$ 3,10. E usar a implanta��o do BRT como justificativa n�o convence, j� que o sistema tirou 20% da frota das ruas, reduzindo o custo operacional”.
Por volta das 18h, os manifestantes fecharam a Avenida Afonso Pena, inicialmente no sentido Centro/bairro, seguindo em passeata at� uma esta��o do BRT na Avenida Ant�nio Carlos, na Lagoinha. Militares do Batalh�o de Choque se posicionaram de forma estrat�gica para impedir a invas�o da esta��o e eventual depreda��o. Mas os policiais n�o interferiram e o tr�nsito na via foi fechado, incluindo a pista exclusiva do Move.

“Reconhe�o a import�ncia da manifesta��o, mas atrapalha o direito de ir e vir de muitos”, questionou o escritor Gustavo Correia, de 45 anos. J� a t�cnica em enfermagem Luana Ferreira, de 24, que esperava por mais de uma hora pelo �nibus para ir trabalhar, devido ao protesto, ficou dividida: “S� espero que n�o seja uma manifesta��o pol�tica, que n�o chegue a lugar nenhum. A tarifa dos �nibus est� puxada”.
O protesto terminou �s 21h45, com a retirada de um grupo de 20 pessoas que ainda fechava uma pista da Avenida Afonso Pena, na Pra�a Sete, para onde os manifestantes haviam retornado depois de seguir em passeata at� a Ant�nio Carlos. O momento de maior tens�o foi quando o motorista Carlos Nascimento, de 48, seguia pela Avenida Amazonas e foi cercado por um grupo exaltado, que com peda�os de pau trincou o parabrisa do ve�culo.
“A pol�cia disse que poderia seguir e pensei que estava liberado”, justificou Carlos, bastante assustado. Os militares acompanharam a ocorr�ncia a dist�ncia e alguns manifestantes escoltaram o motorista para que deixasse o local com o ve�culo. N�o houve pris�es durante o ato.

S�O PAULO A PM prendeu 51 pessoas at� o fim da noite, em decorr�ncia dos protestos em S�o Paulo. O ato, segundo a PM, come�ou de forma pac�fica na frente ao Theatro Municipal, na Regi�o Central de S�o Paulo, e seguiu assim at� a Rua da Consola��o. No local, uma ag�ncia banc�ria e uma concession�ria tiveram vidros quebrados.
Black blocs se juntaram aos manifestantes ainda no in�cio do ato e durante o percurso pessoas tamb�m jogaram lixo no ch�o e pedras contra lojas. A entrada das esta��es Consola��o e Trianon-Masp foram fechadas.
As passagens est�o mais caras desde ter�a-feira, quando subiram de R$ 3 para R$ 3,50. O valor n�o subia desde 2011 nos �nibus e desde 2012 no caso dos trens e metr�. Cerca de 120 policiais militares acompanharam o ato. Apesar da confus�o, a manifesta��o foi bem menor do que os protestos de 2013, quando uma s�rie de manifesta��es fez com que os governos estadual e municipal recuassem e desistissem de reajustar os valores.
RIO DE JANEIRO A passagem dos �nibus municipais do Rio aumentou de R$ 3 para R$ 3,40. Os organizadores do protesto, do Movimento Passe Livre (MPL), defendem a redu��o para R$ 2,50. Da Cinel�ndia, principal ponto de encontro das manifesta��es de junho no Rio, eles seguiram para a Central do Brasil, um dos lugares com mais movimento de transporte p�blico da cidade.
O principal mote da manifesta��o foi: "M�os ao alto, esse aumento � um assalto". A frase foi cantada diversas vezes e estampava adesivos colados em pr�dios pelo caminho. Outras demandas dos movimentos sociais do Rio surgiram nos cartazes e nos cantos. Em diversos momentos, os manifestantes pediram a liberdade dos manifestantes presos no ano passado, com o canto repetido em outros atos: “Presos pol�ticos, liberdade j�, lutar n�o � crime, voc�s v�o nos pagar".
