
Da 0h de domingo at� as 17h de ontem, o Corpo de Bombeiros registrou 89 ocorr�ncias envolvendo �rvores na capital e cidades da regi�o metropolitana, sendo 12 vistorias em esp�cimes com risco de quedas e 77 cortes das que ca�ram em via p�blica. A chegada do per�odo chuvoso agrava o risco de acidentes, j� que galhos e troncos ficam mais pesados e o solo encharcado pelo ac�mulo de �gua.
Na noite de domingo, um adolescente de 17 anos morreu depois de ser atingido por uma �rvore, na MGC-458, pr�ximo a Conselheiro Pena, na Regi�o do Rio Doce. Segundo a Pol�cia Militar (PM), ventava e chovia muito no momento do acidente. O jovem, identificado como Helio Cabral Nogueira, estava na garupa de uma motocicleta que era conduzida pelo pai, Luiz Carlos Nogueira, de 43.
Ontem, os bombeiros registraram diversas ocorr�ncias de queda de �rvores na capital. � tarde, uma delas caiu e atingiu parte de uma casa no Bairro S�o Geraldo, na Regi�o Leste. N�o houve v�timas. Tamb�m na tarde de ontem, outra �rvore caiu na Rua Urutaus, no Bairro Vila Cl�ris, Regi�o Norte. Outra ocorr�ncia do tipo parou o tr�nsito na Avenida Oleg�rio Maciel, no Bairro Lourdes, Regi�o Centro-Sul. Tr�s faixas da via foram interditadas. Pr�ximo dali, no Barro Preto, tamb�m Regi�o Centro-Sul, uma planta desabou sobre tr�s ve�culos estacionados na esquina das ruas Mato Grosso com Goitacazes.
Um dos locais mais afetados foi o Bairro Nova Vista, na Regi�o Leste, onde a queda de uma �rvore �s 19h30 de domingo sobre a rede el�trica resultou em horas de interrup��o do fornecimento de energia a grande parte do bairro. T�cnicos da Cemig desconectaram os cabos dos postes para que os funcion�rios prefeitura pudessem serrar o tronco, que caiu na altura do n�mero 937. Um poste ficou tombado, apoiado na ca�amba de um caminh�o e outros dois se partiram ao meio. A balconista Alice Oliveira Fl�via, de 58, conta que no momento do incidente ningu�m se atrevia a abrir a janela para ver o que era. “Foi um barulho muito forte, parecia uma explos�o. Ao mesmo tempo, chovia e ventava demais”, conta.
Ontem, mais de 12 horas ap�s a queda, a mulher ainda reclamava que nada havia sido feito para reestabelecer a energia el�trica nem abrir a rua. “Esta � a via principal do bairro. Ningu�m est� podendo passar, os �nibus est�o desviando e parando longe. Fora as nossas geladeiras que est�o cheias de alimento se perdendo”, disse. Mesma reclama��o dos comerciantes, que torciam para o retorno do fornecimento para voltarem a trabalhar. “A gente tem mercadorias que podem se estragar, como queijos frescos. Mas o pior de tudo � que sem eletricidade n�o conseguimos atender ningu�m nem vender nada, um grande preju�zo”, disse o gerente de um sacol�o da rua, William Silva Resende, de 45.

CONTROLE A Prefeitura de BH ainda n�o disp�e de um levantamento mais profundo sobre a sa�de das 485 mil �rvores existentes em ruas e avenidas da cidade, e que se tornam uma amea�a ainda maior nesta esta��o de tempestades. Em janeiro de 2011, tamb�m na esta��o das �guas, a secret�ria aposentada Maria de F�tima Ferreira, de 57, morreu depois de ser atingida por uma �rvore de grande porte ,cuja raiz estava infestada de cupins, no Parque Municipal, onde a v�tima caminhava. A Cemig informou que somente faz poda preventiva entre os meses de abril e setembro, antes do per�odo chuvoso, e emergencial quando h� risco de queda. O servi�o somente � feito quando a vegeta��o est� “em conflito com a rede el�trica”.
A PBH informou que, por meio de cada uma de suas nove ger�ncias regionais de Jardins e �reas Verdes faz o monitoramento rotineiro da arboriza��o nas vias p�blicas da cidade e, quando solicitado, nas �reas internas dos lotes de propriedade privada. “Nas vias p�blicas, quando identificado problema ou fragilidade, que gerem riscos potenciais de queda da �rvore, � esse exemplar indicado para supress�o, o que pode ser efetuado at� imediatamente, dependendo da gravidade da situa��o”, informou.
As avalia��es, segundo a PBH, geram, em m�dia, cerca de 6 mil supress�es por ano, para reduzir os riscos ocasionados pelas ocorr�ncias de poss�veis quedas. “E s�o os per�odos chuvosos e, em especial, os momentos de ventos fortes, os mais prop�cios para a ocorr�ncia dessas quedas, sendo respons�veis por 90% dos registros de queda durante o ano. Muitas vezes, s�o as �rvores sadias que caem, devido � for�a dos ventos, exatamente por apresentarem condi��es mais prop�cias a uma maior press�o contr�ria a estas for�as, frente, em especial, � presen�a de copas e folhagens mais densas”, informou.
�rvores com problemas fitossanit�rios, segundo o munic�pio, pass�veis de serem revertidos, s�o acompanhadas por t�cnicos, na tentativa de sua reabilita��o. At� o momento, segundo a PBH, 300 mil �rvores foram catalogadas pelo invent�rio.
GRANDE BH A chuva intensa tamb�m provocou estragos em cidades da regi�o metropolitana. Em Betim, 66 ocorr�ncias foram registradas entre a madrugada de s�bado e ontem, envolvendo queda de �rvores, plantas que ofereciam riscos, deslizamento de encostas e casas que amea�avam desabar. De acordo com a Prefeitura de Betim, as ocorr�ncias mais graves, por�m sem mortes, foram o desabamento de duas casas, localizadas em �reas de risco e invadidas. Em Contagem, houve desabamento parcial de uma casa no Bairro Vila Nova Esperan�a, no Bairro Nova Contagem. N�o houve v�timas. Os moradores est�o em abrigos.