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Estado de Minas

Para bi�loga, surto de febre amarela em Minas pode ter rela��o com trag�dia de Mariana

Hip�tese tem como ponto de partida a localiza��o das cidades mineiras que identificaram at� o momento casos de pacientes com sintomas da doen�a


postado em 14/01/2017 09:37 / atualizado em 14/01/2017 12:13

Vacina contra a febre amarela no PSF do bairro Bela Vista em Teofilo Otoni/MG(foto: Douglas Fernandes/Prefeitura de Teofilo Otoni )
Vacina contra a febre amarela no PSF do bairro Bela Vista em Teofilo Otoni/MG (foto: Douglas Fernandes/Prefeitura de Teofilo Otoni )

O aumento de casos suspeitos de febre amarela em Minas pode estar relacionado � trag�dia de Mariana, em 2015, segundo a bi�loga da Fiocruz M�rcia Chame. A hip�tese tem como ponto de partida a localiza��o das cidades mineiras que identificaram at� o momento casos de pacientes com sintomas da doen�a. Grande parte est� na regi�o pr�xima do Rio Doce, afetado pelo rompimento da Barragem de Fund�o, em novembro de 2015.

“Mudan�as bruscas no ambiente provocam impacto na sa�de dos animais, incluindo macacos. Com o estresse de desastres, com a falta de alimentos, eles se tornam mais suscet�veis a doen�as, incluindo a febre amarela”, afirmou a bi�loga, que tamb�m coordena a Plataforma Institucional de Biodiversidade e Sa�de Silvestre na Fiocruz. “Isso pode ser um dos motivos que contribu�ram para os casos. N�o o �nico”, completa. M�rcia observa que essa regi�o do Estado j� apresentava um impacto ambiental importante, provocado pela minera��o. “� um conjunto de coisas que v�o se acumulando”, disse.

Al�m dos casos em Minas, foram notificadas tamb�m mortes de macacos na regi�o pr�xima da cidade capixaba de Colatina, tamb�m afetada pelos reflexos do acidente de Mariana. N�o h� ainda comprova��o de que os macacos dessa �rea morreram por febre amarela. T�cnicos est�o no local para investigar as causas dos �bitos. O Esp�rito Santo integra atualmente o grupo de 8 Estados que s�o considerados livres de risco para a febre amarela.

M�rcia afirma que os epis�dios deste ano se assemelham aos que foram registrados em 2009, quando um surto de febre amarela foi identificado no Rio Grande do Sul, �rea que por mais de 50 anos foi considerada livre da doen�a. “Ambientes naturais est�o sendo destru�dos. No passado, o ciclo de febre amarela era mantido na floresta. Com a degrada��o do meio ambiente, animais acabam tamb�m ficando mais pr�ximos do homem, aumentando os riscos de contamina��o.” Na floresta, o vetor da febre amarela � o inseto

Haemagogus

Ao picar um macaco contaminado, o mosquito recebe o v�rus e, por sua vez, passa a transmiti-lo nas pr�ximas picadas. Quando um homem sem estar vacinado entra nesse ambiente, ele tamb�m pode fazer parte do ciclo: transmitir ou ser infectado pela picada do mosquito. Essa corrente aumenta quando animais, por desequil�brios ambientais, deixam seus ambientes e passam a viver em �reas mais pr�ximas de povoados ou cidades. “Com o desmatamento, animais tamb�m se deslocam, aumentando o risco de transmiss�o.”

Para a coordenadora da Fiocruz, a curto prazo a medida a ser adotada � refor�ar a vacina��o nas �reas de risco. O imunizante, embora seguro, deve ser aplicado de acordo com as recomenda��es de autoridades sanit�rias e, em caso de pacientes com doen�as que afetam o sistema imunol�gico, de acordo com a orienta��o do m�dico. A m�dio prazo, completa a bi�loga, � essencial a manuten��o de unidades de conserva��o. “Os animais t�m de ter espa�o para viver, evitando assim a migra��o para �reas pr�ximas de centros urbanos”, disse. “Animais agem como filtros de doen�as.”

Samarco

A Funda��o Renova, criada pela Samarco para coordenar a��es de repara��o na �rea atingida pelo desastre de Mariana, n�o se manifestou sobre as declara��es da bi�loga da Fiocruz. Por meio de nota, informou estar em curso um diagn�stico sobre a biodiversidade na regi�o. “Todas as informa��es que tenham ader�ncia �s a��es em andamento ser�o incorporadas pela Funda��o.”


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