
Entre os objetivos est�o atender interven��es em locais de dif�cil acesso �s ambul�ncias, seja por caracter�sticas geogr�ficas, condi��es da malha vi�ria, entre outras. As motocicletas tamb�m v�o dar prioridade a interven��es nos acionamentos das Unidades de Suporte Avan�ado de Vida (USAs), “devendo ser envidados esfor�os, por parte das centrais de regula��o, para efetuar o despacho imediato da motocicleta como forma de assegurar a chegada do socorro no menor tempo de resposta poss�vel, preservando-se a seguran�a do condutor da motocicleta”, diz o texto da nova regra, sancionada pelo prefeito Alexandre Kalil (PHS).
As motocicletas v�o tamb�m prestar apoio em casos em que mais de um profissional seja necess�rio para o socorro, em interven��es de suporte avan�ado de vida e em outros casos para os quais o m�dico regulador avalie que o ve�culo menor possa beneficiar o atendimento.
A nova lei ainda ser� regulamentada pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) seguindo as regras do Minist�rio da Sa�de. “O projeto est� em fase de elabora��o pela Secretaria Municipal de Sa�de e a implanta��o depende de recursos financeiros e treinamento dos profissionais”, informou a pasta do Executivo da capital, por meio de nota.
“Isso existe no mundo todo e � muito desej�vel que aconte�a. O �nico receio que a gente tem aqui � que, com um tr�nsito ainda ca�tico, o socorrista se transforme em socorrido”, comentou o secret�rio municipal de Sa�de. O balan�o de atendimentos de acidentes de tr�nsito do pr�prio Samu d� a dimens�o do risco a que o secret�rio se refere. Mais da metade dos 12.015 casos atendidos nessa �rea at� setembro deste ano envolveram motocicletas. O n�mero chegou a 6.749. A mesma rela��o � observada nos anos anteriores (veja quadro).
Jackson Pinto falou sobre a nova lei durante coletiva de imprensa sobre o plano de carreira dos agentes de sa�de da capital. “Esse pessoal tem que ser muito bem treinado, o que obviamente n�o exclui a necessidade de a ambul�ncia do Samu chegar ao local de atendimento. Mas o socorro seria feito com muito mais agilidade em uma motocicleta”, disse. Questionado sobre quando o uso de motocicletas ser� implementado, ele foi enf�tico: “Quando os recursos chegarem. S� Deus sabe e desconfio que Ele n�o quer contar para n�s”, pontuou.
HIST�RICO Na justificativa do projeto que deu origem � lei, o vereador Doorgal Andrada (PSD) disse que o aumento do n�mero de ve�culos em BH dificulta o deslocamento das ambul�ncias, o que resulta em demora no atendimento. “Assim, a presente proposi��o visa, com a cria��o da equipe de apoio motorizada do Samu, enviar profissionais mais rapidamente para situa��es de risco, ajudando a salvar vidas, bem como auxiliar as ambul�ncias no deslocamento para as ocorr�ncias”, escreveu o vereador. “A ideia central � evitar que as ambul�ncias deixem de atender �s urg�ncias em tempo h�bil pela dificuldade de deslocamento pelas ruas da cidade, bem como levar atendimento m�dico de forma mais c�lere �s ocorr�ncias.”
De acordo com a Secretaria de Sa�de, o tempo m�dio de resposta do Samu � estimado em 12 minutos quando os ve�culos est�o liberados. Atualmente, a capital conta com 29 ambul�ncias, sendo 22 unidades de Suporte B�sico (USB) e sete unidades de Suporte Avan�ado (USA). O servi�o conta com 750 profissionais entre m�dicos, enfermeiros, t�cnicos e motoristas dos ve�culos de emerg�ncia.
Vigia por rede social
Com o fim do contrato firmado com empresa de seguran�a privada para a prote��o dos postos de sa�de, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) est� contando com grupos de WhatsApp para garantir a integridade dos locais de atendimento m�dico. De acordo com a Secretaria de Sa�de, embora o contrato tenha sido encerrado na semana passada, a empresa manter� o servi�o de vigil�ncia eletr�nica durante 90 dias – prazo necess�rio para a realiza��o de uma nova concorr�ncia p�blica, que j� foi iniciada.
O grupo de WhatsApp inclui a Guarda Municipal (GM), Secretaria de Sa�de, gestores de todos os centros de sa�de e uma rede de vizinhos. “A gente consegue ter um monitoramento em tempo real do que acontece na cidade toda”, assegurou o secret�rio de Sa�de, Jackson Machado. “O contrato venceu, mas isso n�o desobriga a manuten��o dos alarmes enquanto um novo contrato n�o � firmado. Enquanto isso estamos seguros”, ponderou o secret�rio. Em caso de intercorr�ncia, o grupo � avisado e a GM acionada.
A cada m�s s�o registradas em m�dia 50 ocorr�ncias nas unidades de atendimento m�dico, que v�o de agress�es verbais e f�sicas contra funcion�rios a amea�as de morte e roubos a servidores e pacientes. O prefeito Alexandre Kalil (PHS) lamentou ontem os n�meros, mas reafirmou que n�o h� como aumentar o efetivo de seguran�as para os locais. “Voc�s v�o denunciar todos os dias e eu n�o vou trocar m�dico por soldado em porta de posto de sa�de. O que posso fazer � fechar posto”, afirmou Kalil, durante solenidade de san��o de lei sobre o plano de carreira de agentes de sa�de na capital, envolvendo 3,8 mil profissionais, que ter�o acr�scimo m�dio de 18% nos sal�rios.
Kalil disse ainda que hoje o munic�pio gasta mais com a �rea de sa�de do que o governo estadual e uma a��o entre as secretarias de Seguran�a e Sa�de prev� a destina��o de mais 40 motocicletas dentro do programa Patrulha SUS. O sistema j� foi implementado nos postos do Barreiro e das regi�es Oeste e Noroeste de BH, com redu��o de 60% das ocorr�ncia. At� meados de 2019, a estimativa � que o servi�o com duplas de GMs para fazer a seguran�a exclusiva dos postos esteja funcionando em todas as regionais da capital.
