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Estado de Minas

Moradores se surpreendem com interven��o "alien�gena" no Bairro Esplanada

O grupo de teatro "Os cabe�udos" fez interven��o que chama aten��o para o comportamento ego�sta nas cidades


postado em 30/04/2019 10:51 / atualizado em 30/04/2019 14:47

Ver galeria . 7 Fotos Os Cabeçudos apresentam intervenção urbana no Bairro Esplanada, na Região Leste de BHMárcia Maria Cruz/EM/DA PRESS
Os Cabe�udos apresentam interven��o urbana no Bairro Esplanada, na Regi�o Leste de BH (foto: M�rcia Maria Cruz/EM/DA PRESS )
A rotina da Pra�a Santa Rita no Bairro Esplanada foi alterada com a chegada de dois alien�genas.  A dona de casa Nat�lia Andrade, de 67 anos, tentou entender que eram os dois forasteiros que mudaram o cotidiano da vizinhan�a.  "V�o ficar o dia inteiro assim? S�o contorcionistas? S�o de outro planeta?", perguntou. Ela se referia � dupla de atores do grupo Os cabe�udos, que fez interven��es teatrais na manh� de ter�a (30) na pra�a e nas ruas. A dupla chama aten��o pelo tamanho das cabe�as e pelo olhar distante, permitido por �culos que simulam o olhar e n�o permitem que o espectador confronte diretamente com os artistas.Com dire��o de M�nica Ribeiro, a performance � feita por Dayane Lacerda e Led Marques. 

 

Os cabe�udos s�o dois amigos insepar�veis. S�o "sujeitos desprovidos da capacidade de sentir, analfabetos emocionais". O grupo n�o faz refer�ncia a nenhum grupo. Por isso, escolheram representar "alien�genas".  As interven��es s�o: o sono, quando, inquietos, buscam local para descansar; o conhecimento, constru�do tanto do que as pessoas sabem de si quanto do que sabem da cidade; o banho, um tempo na loucura do dia a dia para esse momento; o �cio, quando movimentos s�o feitos sem prop�sito algum; o jogo, uma representa��o das m�ltiplas disputas; e o alimento, a rela��o com a abund�ncia e a falta.

 

Os cabe�udos fizeram tr�s interven��es de um leque de possibilidades que podem apresentar. Na primeira, caminharam reconhecendo o espa�o e as pessoas do lugar. No segunda, cada um, segurando um travesseiro, buscou lugar para descansar. Na terceira e �ltima interven��o, os artistas, vestidos, tomam banho em plena pra�a p�blica.  Em meio aos atos, os atores chamam aten��o para comportamentos do cotidiano que n�o levam em conta o respeito ao pr�ximo e o zelo com a cidade. Eles espalham lixo pela cal�ada, atravessam a rua sem a devida aten��o, param na frente dos carros, interrompem o caminhar do pedestre na cal�ada. "� divertido. Mas n�o sei o que eles querem fazer. Ficam olhando para o nada e fazem coisas que n�o devem", afirmou a aut�noma Mara Beatriz, de 53 anos, enquanto fotografava.

 

A interven��o incomodou quem parou para ver. "Inicialmente, n�o d� para entender. Eles atrapalham a viv�ncia de todo mundo. Mas, quando observamos, entendemos que muita gente faz o que eles fazem sem perceber. Como eles fazem a interven��o de maneira descarada, incomodam quem v�", analisa o comerciante Paulo Almeida Prazeres, de 33 anos.  A apresenta��o � um alerta para as rela��es nos espa�os da cidade. "As pessoas atravessam as ruas sem olhar. S� prestam aten��o ao celular, ao whatsapp. Mostram como as pessoas podem atrapalhar o tr�nsito. Os atores est�o mostrando a realidade", afirma o comerciante Alessandro Santos.  


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