
A decis�o foi do ministro Ribeiro Dantas. Para ele, “n�o houve d�vidas de que os m�dicos removeram os �rg�os da v�tima, causando-lhe dolosamente a morte como consequ�ncia”. Al�m disso, o ministro afirmou que os m�dicos agiram com consci�ncia e vontade n�o apenas de remover os �rg�os, mas tamb�m de matar a crian�a.
Segundo a den�ncia do Minist�rio P�blico, os acusados teriam retardado maneiras essenciais para preservar a vida da crian�a o que levou � morte dela e � retirada dos �rg�os sem respeitar, inclusive, a fila de espera de receptores.
J�ri marcado
Segundo o TJMG, o j�ri j� est� marcado para o dia 28 de janeiro de 2021, em Belo Horizonte.
Caso Pavesi
H� 20 anos, Paulo Veronesi Pavesi, de 10 anos, foi atendido por uma equipe m�dica depois de sofrer traumatismo craniano ao cair de uma altura de 10 metros do pr�dio onde morava. A v�tima foi levada ao Hospital Pedro Sanches, mas, ap�s alguns problemas durante a cirurgia, foi encaminhada � Santa Casa, onde morreu.
O pai da crian�a desconfiou das circunst�ncias da morte do filho depois de receber uma conta do hospital de quase R$ 12 mil. Algumas informa��es apontavam a cobran�a de medicamentos para remo��o de �rg�os, que, na verdade, deve ser paga pelo Sistema �nico de Sa�de (SUS).
De acordo com o Minist�rio P�blico, a equipe m�dica teria constatado morte encef�lica, mas as investiga��es apontaram que o laudo foi forjado e houve v�rias irregularidades durante o atendimento.
Os envolvidos foram denunciados pelo Minist�rio P�blico por homic�dio qualificado.
Dois anos ap�s a morte do menino, a Santa Casa da cidade foi descredenciada a fazer remo��o e transplantes de �rg�os. A MG Sul Transplantes, entidade gestora dos procedimentos no munic�pio, foi extinta.
(Helena Lima/Especial para o EM)
