
O assunto do momento � a conjuntivite. A percep��o geral � de que estamos passando por uma epidemia. Como evitar ser mais uma v�tima? O primeiro passo � saber mais sobre a doen�a. As m�dicas oftalmologistas Graciele Aparecida Faria Couto e Anna Christina Higino Rocha, do corpo cl�nico do Biocor Instituto, explicam que conjuntivite significa inflama��o da conjuntiva, membrana fina e transparente que recobre a parte anterior da esclera (parte branca do olho) e a face interna das p�lpebras. � comum nos consult�rios de oftalmologia e � o diagn�stico mais prov�vel em pacientes com olhos vermelhos e secre��o ocular, afirmam.
A conjuntivite aguda geralmente � uma condi��o benigna e autolimitada. Mas tem que ser diferenciada de doen�as como glaucoma agudo, uve�tes (inflama��es intraoculares) e ceratites infecciosas (infec��o na c�rnea). Essas doen�as podem causar olho vermelho, mas, em contraste com as conjuntivites, oferecem risco � vis�o. Por isso deve-se consultar um oftalmologista.
As conjuntivites podem ser classificadas em infecciosas e n�o infecciosas. As m�dicas explicam que as infecciosas s�o mais comumente causadas por v�rus e bact�rias. As n�o infecciosas podem ser al�rgicas ou n�o al�rgicas (t�xicas, por ressecamento etc.)
A bacteriana � muito mais frequente em crian�as que em adultos, por exemplo. J� a conjuntivite viral � a mais comum nas duas faixas et�rias. Segundo as especialistas, o agente causal mais comum nas conjuntivites virais � o adenov�rus. A conjuntivite pode ser a �nica manifesta��o da infec��o por adenov�rus ou pode ser seguida de febre, dor de garganta (faringite), sinais gripais e aparecimento de um n�dulo doloroso � frente da orelha (adenopatia preauricular). As apresenta��es cl�nicas da conjuntivite pelo adenov�rus incluem a conjuntivite isolada, a febre faringoconjuntival e a ceratoconjuntivite epid�mica.
A conjuntivite viral apresenta-se com olhos vermelhos, lacrimejamento ou secre��o mucoserosa, sensa��o de queima��o, de coceira ou de areia nos olhos. A secre��o geralmente � maior ao acordar e ao longo do dia predomina o lacrimejamento, �s vezes com um pouco de muco. O segundo olho geralmente � acometido em 24 a 48 horas, mas sinais e sintomas unilaterais n�o excluem o diagn�stico de conjuntivite viral. � frequente ocorrer um pequeno n�dulo doloroso � frente da orelha, que tamb�m pode ocorrer na conjuntivite por clam�dia. A evolu��o � semelhante � de uma gripe. � autolimitada, mais sintom�tica nos primeiros 3 a 5 dias e vai melhorando at� sarar em duas a tr�s semanas.
A febre faringoconjuntival � mais comum em crian�as e causa febre, dor de garganta e sinais gripais, al�m da conjuntivite.A ceratoconjuntivite epid�mica apresenta sintomas exuberantes, como ceratite e conjuntivite. � causada por adenov�rus tipos 8, 19 e 37. O mesmo v�rus que causa ceratoconjuntivite em um paciente pode provocar conjuntivite comum em outro, provavelmente por diferen�as imunol�gicas entre as pessoas. Al�m dos sintomas da conjuntivite viral, os pacientes com ceratoconjuntivite epid�mica apresentam sensa��o mais intensa de corpo estranho no olho, vis�o emba�ada e desconforto com a claridade.
A seguir, os sinais de alerta de que o olho vermelho pode n�o ser uma simples conjuntivite, mas uma doen�a mais grave, tais como ceratites, uve�tes e glaucoma agudo: piora da vis�o; vermelhid�o mais intensa ao redor da c�rnea; dor com a claridade (fotofobia) que ocorre em ceratites, irites, abras�es corneanas; acentuada sensa��o de corpo estranho que impede o paciente de abrir os olhos; manchas opacas na c�rnea; pupila com abertura fixa; dor de cabe�a e v�mitos.
A conjuntivite viral � altamente contagiosa e espalha- se pelo contato direto com o paciente, suas secre��es ou objetos contaminados. O paciente deve lavar as m�os sempre que mexer nos olhos, usar len�os descart�veis para limpar os olhos, n�o compartilhar toalhas e travesseiros, n�o compartilhar cosm�ticos, evitar contato rosto a rosto, n�o compartilhar �culos e lentes e evitar piscinas. Locais fechados com aglomera��o de pessoas s�o mais propensos � propaga��o da conjuntivite.
Ela ocorre ao longo do ano, mas pode haver surtos epid�micos. Os surtos s�o mais frequentes no ver�o, mas tamb�m podem ocorrer no inverno.
N�o h� um tratamento antiviral espec�fico para conjuntivite por adenov�rus. Existem tratamentos apenas dos sintomas, como na gripe. Compressas frias, uso de lubrificantes gelados e, em casos espec�ficos, uso de anti-inflamat�rios.
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