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Estado de Minas Sa�de

Preven��o do c�ncer ginecol�gico durante a pandemia

O c�ncer do colo do �tero � o terceiro tumor maligno mais frequente encontrados nas mulheres brasileiras


Biocor
Conte�do patrocinado
Biocor
postado em 24/08/2020 09:57 / atualizado em 24/08/2020 09:59

(foto: Pixabay)

 
O rastreamento e a detec��o precoce do c�ncer s�o estrat�gias importantes para a identifica��o de tumores em fases iniciais, permitindo o uso de tratamentos menos invasivos com melhores chances de sucesso e cura.

A pandemia da COVID-19, entretanto, produziu in�meras transforma��es, afetando inclusive o rastreamento o tratamento do c�ncer. A Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) e a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncol�gica (SBCO) alertaram para os milhares de diagn�sticos de c�ncer que deixaram (ou deixar�o) de serem feitos no Brasil durante a pandemia e estimam que possivelmente at� 50 mil casos deixaram (ou deixar�o) de serem identificados e tratados.
 
Márcia Mendonça Carneiro é ginecologista do Corpo Clínico do Biocor Instituto
M�rcia Mendon�a Carneiro � ginecologista do Corpo Cl�nico do Biocor Instituto (foto: Biocor/Divulga��o)
 

De acordo com a ginecologista do corpo cl�nico do Biocor Instituto, Dra. M�rcia Mendon�a Carneiro, o c�ncer ginecol�gico pode se manifestar no colo do �tero, endom�trio (revestimento do �tero), ov�rio, vulva e vagina. O c�ncer do colo do �tero � o terceiro tumor maligno mais frequente encontrados nas mulheres brasileiras, ficando atr�s apenas do c�ncer de mama e do intestinal, sendo a quarta causa de morte de mulheres por c�ncer no pa�s segundo o Instituto Nacional de C�ncer (INCA). 

O c�ncer ginecol�gico em n�meros


Dados do INCA estimam que em 2020, haver� 16.950 novos casos  de c�ncer do colo do �tero,  que em 2017 foi respons�vel pela morte de 6.385 mulheres. Trata-se de c�ncer causado pela  infec��o persistente por alguns tipos do Papilomav�rus Humano ( HPV),  que � transmitido por via sexual e  muitas vezes � silenciosa, mas que pode ser identificada atrav�s do exame citopatol�gico, popularmente conhecido como Papanicolau. Outras medidas preventivas incluem o uso de preservativo (feminino e masculino) e da vacina��o disponibilizada pelo Minist�rio da Sa�de. Mulheres vacinadas, entretanto devem manter a rotina de realiza��o peri�dica do Papanicolau, visto que a vacina n�o oferece prote��o contra todos os tipos de HPV capazes de levar ao c�ncer.

O �tero tamb�m pode ser acometido por neoplasia na sua por��o interna (endom�trio), para o qual s�o esperados 6.540 novos casos em 2020 segundo o INCA.  Al�m da predisposi��o gen�tica, s�o fatores de risco para o c�ncer de endom�trio a obesidade, diabete, primeira menstrua��o antes dos 12 anos e menopausa ap�s os 52 anos, anovula��o cr�nica, uso de horm�nios e nuliparidade/infertilidade. Embora n�o haja exames preventivos espec�ficos para o c�ncer de endom�trio, este costuma anunciar-se atrav�s de sangramento genital, principalmente em mulheres na p�s-menopausa.

Para o c�ncer de ov�rio, que atinge mulheres acima de 50 anos e pode evoluir de maneira silenciosa, s�o esperados 6.650 novos casos em 2020. 

Preven��o e sintomas

Infelizmente n�o h� preven��o nem rastreamento eficaz para o c�ncer de ov�rio, que foi respons�vel pela morte de 3.879 mulheres em 2017. Entre os fatores de risco, al�m da idade, primeira menstrua��o antes dos 12 anos e menopausa ap�s os 52 anos e obesidade,  h� altera��es gen�ticas (muta��es em genes, como BRCA1 e BRCA2), que est�o associadas ao aumento do risco de c�ncer de mama e de ov�rio.

Vulva e vagina s�o raramente afetadas por c�ncer e n�o h� exames de rastreamento para detec��o de les�es pr�-cancerosas. A presen�a de sintomas como coceira, altera��es da colora��o da pele local e sangramento s�o sinais que demandam aten��o.

Diante da pandemia, as orienta��es de isolamento social, higiene, evitar aglomera��es e usar m�scaras devem ser seguidas. “Isso n�o quer dizer que outras doen�as potencialmente graves como o c�ncer possam ser deixadas de lado” ressalta a Dra. M�rcia Mendon�a. 

Cuidados com a sa�de

O cuidado com a sa�de, principalmente com a dieta para evitar obesidade assim como a pr�tica de atividade f�sica regular s�o medidas gerais e que ajudam na preven��o do c�ncer, entre outras doen�as.

O sobrepeso e a obesidade aumentam o risco de pelo menos 12 tipos diferentes de c�ncer e segundo as Recomenda��es de Preven��o de C�ncer do World Cancer Research Fund (WCRF), uma dieta saud�vel associada � atividade f�sica s�o fundamentais para a sa�de do sistema imune. Obviamente parar de fumar e reduzir o consumo de bebidas alco�licas tamb�m s�o recomendados.

Diagn�stico precoce favorece o tratamento


Segundo a Dra. M�rcia Mendon�a, “o c�ncer ginecol�gico pode ser tratado com excelentes resultados principalmente se diagnosticado precocemente. Os avan�os no campo da oncologia resultaram em tratamentos eficazes com redu��o de efeitos colaterais e melhora significativa da sobrevida. Neste contexto, o diagn�stico precoce tem papel primordial”. 

A m�dica alerta que queixas como dor persistente que n�o melhora ap�s uso de analg�sicos comuns, sangramento genital volumoso e/ou que surge ap�s a menopausa e febre sugerem necessidade de avalia��o mais imediata. N�dulos que surgem na regi�o genital, mama ou axilas tamb�m devem ser prontamente examinados. Por outro lado, a realiza��o de exames preventivos pode ser organizada de modo a evitar aglomera��es e sa�das desnecess�rias.

M�rcia Mendon�a Carneiro � ginecologista do Corpo Cl�nico do Biocor Instituto. Professora Associada do Departamento de Ginecologia e Obstetr�cia da Faculdade de Medicina da UFMG

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