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Estado de Minas IND�STRIA L�CTEA

Bonifica��o pela qualidade do leite

Em 2016, o Sistema de Pagamento pela Qualidade do Leite da CCPR/Itamb� completa 25 anos com bons resultados de melhoria da mat�ria-prima


CCPR
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postado em 24/08/2015 07:00 / atualizado em 24/08/2015 11:45

Julia Fernandes

O Sistema de Pagamento pela Qualidade do Leite da CCPR/Itambé foi estruturado para oferecer o melhor programa de bonificação aos seus cooperados(foto: Gilson de Souza)
O Sistema de Pagamento pela Qualidade do Leite da CCPR/Itamb� foi estruturado para oferecer o melhor programa de bonifica��o aos seus cooperados (foto: Gilson de Souza)

O Sistema de Pagamento pela Qualidade do Leite da CCPR/Itamb� completa em 2016, 25 anos de implanta��o. O sistema � adotado pelas ind�strias l�cteas para incentivar que os produtores invistam em cuidados que resultem em melhor qualidade da mat�ria-prima.

“O sistema � uma atividade exercida em todo mundo. Sabe-se que as ind�strias que associam a��es de educa��o continuada ao pagamento por qualidade do leite, captam com maior valor agregado, fator que beneficia tanto os produtores como tamb�m �s empresas, que garantem maior competitividade”, avalia a professora do curso de medicina veterin�ria da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), M�nica Cerqueira.

O sistema foi desenvolvido inicialmente para atender aos produtores da Cooperativa Agropecu�ria de Bom Despacho (Cooperbom) no come�o da d�cada de 90, �poca em que se iniciou no Brasil, a implanta��o de medidas para refrigera��o r�pida do leite nas fazendas e a coleta � granel em tanques rodovi�rios, diretamente das propriedades nas quais o leite era produzido. Neste per�odo tamb�m houve a libera��o do controle de leite pelo governo, o chamado “fim do tabelamento dos pre�os”, sem interven��o estatal.

“Quando o sistema come�ou, a an�lise era relativamente simples. Avali�vamos somente a redutase, que � a an�lise que estima a quantidade de bact�rias no leite cru e a lactofiltra��o, que avalia as condi��es de higiene em que a ordenha foi realizada por meio da quantidade de detritos presentes no leite. Hoje, o sistema evoluiu, j� existem instru��es normativas do governo que estabelecem os padr�es de qualidade (Contagem Bacteriana Total – CBT, Contagem de C�lulas Som�ticas – CCS, mat�ria gorda e prote�na) e adotamos um padr�o de qualidade que � internacional”, explica o presidente da CCPR, Jacques Gontijo.

Com o tempo, o sistema se tornou mais desenvolvido e se estendeu �s demais cooperativas singulares da CCPR/Itamb�. De acordo com a analista de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Gado de Leite Let�cia Mendon�a, a obrigatoriedade da graneliza��o do leite cru refrigerado veio com a publica��o da Instru��o Normativa 51 (IN 51), em 2002, �poca em que surgiu a maioria dos sistemas de pagamento por qualidade das empresas de produtos l�cteos no pa�s.

O Sistema de Pagamento pela Qualidade do Leite da CCPR/Itamb� foi estruturado para oferecer o melhor programa de bonifica��o aos seus cooperados. A iniciativa, como define o m�dico veterin�rio e coordenador de Controle da Qualidade da CCPR/Itamb�, Fernando Pinheiro, segue os par�metros da IN 51, que foram atualizados pela IN 62. As cooperativas e ind�strias estabeleceram seus pr�prios requisitos, que geralmente s�o mais r�gidos que os oficiais.

Em linhas gerais, a IN 51 estabeleceu os crit�rios m�nimos de qualidade f�sico-quimica, de higiene e sanidade. J� a IN 62, que entrou em vigor no final de 2011, teve como principal objetivo prorrogar, de forma escalonada, os prazos de atendimento aos limites estabelecidos de CCS e CBT do leite, sendo estabelecido como m�ximo de 300 mil ufc/mL para CBT e 500 mil c�l/mL para CCS, at� julho de 2016. Pelo sistema de pagamento, os produtores podem receber bonifica��es pela produ��o de alta qualidade, mas devem estar cientes de que podem ser inclu�das penaliza��es para o leite de baixa qualidade.

“Para receber a bonifica��o m�xima em CBT, por exemplo, � necess�rio que o resultado seja inferior a 30.000 ufc/mL, enquanto que o limite oficial � de 300.000 ufc/mL. Mas � medida que o resultado de cada par�metro melhora em rela��o ao estabelecido pela normativa, o produtor come�a a ser remunerado e se persistir na melhoria, ele pode atingir a bonifica��o m�xima. Por outro lado, se o leite da propriedade apresenta resultados fora do padr�o estabelecido, o associado poder� deixar de ganhar a remunera��o e at� mesmo ser descontado”, analisa Pinheiro.

O coordenador explica que para avaliar o leite de cada propriedade, a CCPR/Itamb� preconiza no m�nimo a coleta de duas amostras em dias aleat�rios, para serem analisadas em laborat�rios externos que pertencem � Rede Brasileira de Laborat�rios da Qualidade do Leite (RBQL).

“Os resultados s�o divulgados por meio do vale de recep��o do leite, via sms e no boletim enviado ao final do m�s, no qual consta, inclusive, o quanto produtor receber� de qualidade por litro de leite”, contextualiza o profissional, que acredita que a principal vantagem do sistema, � incentivar ainda mais os produtores que se esfor�am a produzir com qualidade e demonstrar a eles que se pode perder ou ganhar “se n�o houver o investimento em controles e processos corretos”.

Passado e presente

No per�odo de implanta��o do sistema de bonifica��o da CCPR/Itamb�, que foi concomitante ao processo de graneliza��o, os produtores enfrentaram muitos desafios. Para a professora do curso de medicina veterin�ria da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) M�nica Cerqueira, al�m do resfriamento nas temperaturas certas, era preciso rever os procedimentos e o manejo correto de ordenha, de limpeza dos equipamentos, verificar a qualidade da �gua na propriedade e promover treinamentos e capacita��o da m�o de obra, entre outras pr�ticas, para produzir leite com qualidade.

“A CCPR/Itamb�, por exemplo, iniciou a forma��o de um banco de dados sobre qualidade do leite, analisando a mat�ria-prima em laborat�rio pr�prio e nos laborat�rios da RBQL, com o objetivo de implantar um programa consistente de pagamento pela qualidade. Foram feitos manuais sobre qualidade do leite e da �gua e ministradas palestras t�cnicas tamb�m. A partir do momento em que os produtores eram informados sobre o programa e o que era preciso fazer para atingir as metas, houve um interesse muito grande pela adequa��o e os resultados demonstram que com orienta��o t�cnica, os resultados aparecem”, explica.

Com a modifica��o no cen�rio produtivo do leite no Brasil, os produtores t�m conseguido melhorar seus par�metros de qualidade. E o esfor�o para manter os bons resultados � empenhado pela equipe de Desenvolvimento do Produtor da CCPR/Itamb�, que disponibiliza iniciativas como, as “Visitas da Qualidade” e o “Programa de Melhoria da Qualidade (PMQL)”, al�m dos programas da �rea de Projetos Agropecu�rios, como Educampo e Balde Cheio.

“O principal desafio para a atividade leiteira � a gest�o da produ��o como um todo. O produtor, muitas vezes, deixa a fazenda na m�o dos funcion�rios, sem fazer a gest�o dos indicadores e avalia��o do seu retorno financeiro. � preciso trabalhar com n�meros e metas pr�-estabelecidas para conseguir atingir o seu objetivo. Quando um produtor inclui em sua gest�o, a melhoria da qualidade, alguns indicadores s�o monitorados e v�rias a��es passam a fazer parte da rotina da fazenda, como as defini��es de escala de trabalho, valoriza��o do trabalhador, an�lise individual do leite das vacas, sanidade do rebanho, etc. Tudo isso gera resultado e bonifica��o”, analisa Jana�na Giordani, coordenadora de Desenvolvimento do Produtor da CCPR/Itamb�.

Pioneirismo

O presidente da CCPR, Jacques Gontijo, acredita que a a��o pioneira � vista com bons olhos pelo mercado e representa credibilidade. “N�s antecipamos a cria��o de um sistema que � muito importante para a cadeia produtiva do leite. Ao adotarmos rigorosos padr�es de qualidade, conseguimos fazer com que a CCPR/Itamb� tenha uma marca de leite respeitada e um produto confi�vel para o consumidor”, destaca.

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