(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas O FUTURO EM CONSTRU��O

Mais �gua para a Grande BH

Nova interliga��o dos sistemas de distribui��o das bacias dos rios das Velhas e Paraopeba reduz riscos de desabastecimento


postado em 28/06/2020 00:04 / atualizado em 28/06/2020 10:05

Ainda em 2019, logo ap�s o rompimento, a Vale iniciou o desenvolvimento do Plano Integrado de Abastecimento da Bacia do Paraopeba para garantir o fornecimento de �gua para a Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, munic�pios e popula��o ribeirinha impactada pela suspens�o da capta��o no Rio Paraopeba. 

O plano inclui mais de 360 obras que visam mitigar os impactos relacionados ao abastecimento causados pelo rompimento da Barragem I, em Brumadinho. Al�m de grandes obras, como a interliga��o dos sistemas Paraopeba e Velhas, o programa tem a��es emergenciais e solu��es de curto, m�dio e longo prazos. Flexibilidade ao sistema de abastecimento e diminui��o dos riscos de desabastecimento na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte. 

Esse � o papel da adutora Carlos Prates, no Bairro Gl�ria, na Regi�o Noroeste da capital, obra que contribuir� com a opera��o das bacias dos rios das Velhas e Paraopeba e est� prevista para come�ar a funcionar m�s que vem. 

Com essa a��o, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) poder� fazer manobras em parte do sistema, tendo em vista a disponibilidade dos reservat�rios e a demanda da popula��o. Com a estrutura, a inten��o da Vale � contribuir com o sistema operacional da Copasa. 

Tubulação do novo sistema de captação do Rio Paraopeba, em substituição à estrutura que teve a operação suspensa depois do rompimento da barragem na mina do Córrego do Feijão, que será interligada com a Estação de Tratamento de Água (ETA) Sistema rio Manso. (foto: Vale/Divulgação)
Tubula��o do novo sistema de capta��o do Rio Paraopeba, em substitui��o � estrutura que teve a opera��o suspensa depois do rompimento da barragem na mina do C�rrego do Feij�o, que ser� interligada com a Esta��o de Tratamento de �gua (ETA) Sistema rio Manso. (foto: Vale/Divulga��o)

“A adutora permite que a RMBH tenha maior confiabilidade na continuidade de seu abastecimento, caso um dos sistemas pare de funcionar. Pode optar por usar um sistema ou outro sem perder efici�ncia e sem deixar alguma �rea sem �gua. A liga��o n�o tem capacidade para substituir outra parte do sistema por completo, mas � uma interliga��o que tem resili�ncia, ou seja, capacidade de transfer�ncia que minimiza a possibilidade de desabastecimento, e pode ajudar a operar”, explica o gerente de Implanta��o de Projetos da mineradora, Luciano Alvarenga. 

Segundo ele, “o objetivo � ampliar a capacidade de transfer�ncia de �gua entre os dois sistemas de distribui��o da Copasa, aumentando a resili�ncia em especial no per�odo de seca. Depois da conclus�o da obra, a Copasa poder� priorizar o abastecimento da RMBH (Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte) com os reservat�rios do sistema Paraopeba no per�odo de seca, ou, durante as chuvas, priorizar a utiliza��o do sistema do Rio das Velhas para preservar os reservat�rios do sistema Paraopeba”. 

O gestor da Copasa de Empreendimentos de Grande Porte – Projeto Nova Capta��o do Paraopeba, Marcio de Castro Brant Moraes, explica que a adutora permitir� a flexibilidade de abastecimento de um setor espec�fico, sob influ�ncia dela. “A implanta��o da adutora permite, dentro de sua capacidade de transporte, a flexibiliza��o do abastecimento, restritamente de sua �rea de influ�ncia, em eventos contingenciais que afetem os sistemas Paraopeba e Velhas”, diz. 

No quesito abastecimento, o complexo de obras inclui ainda o novo sistema de capta��o a montante no Rio Paraopeba, em substitui��o � estrutura que foi suspensa em janeiro do ano passado, logo depois do rompimento da barragem na Mina C�rrego do Feij�o. Constru�do 12 quil�metros a montante do sistema que foi paralisado, tem a mesma capacidade de vaz�o (5 mil litros por segundo). 

De acordo com a Copasa, o sistema Paraopeba � respons�vel por 48% da produ��o total da RMBH e � composto pelas capta��es nas represas do Rio Manso, Serra Azul e Vargem das Flores. Alvarenga ressalta que tanto a adutora de interliga��o dos sistemas em BH como a capta��o a montante do Paraopeba t�m por objetivo atender ao termo de compromisso firmado com o Minist�rio P�blico de Minas Gerais. 

Tamb�m visando refor�ar o sistema de abastecimento de �gua da RMBH, moradores de Lagoa Santa, Vespasiano e S�o Jos� da Lapa ser�o beneficiados com abastecimento alternativo atrav�s da reativa��o de po�os subterr�neos na regi�o. A a��o permite � Copasa a possibilidade de usar a �gua dos po�os para poupar os reservat�rios do sistema Paraopeba como alternativa vi�vel ao abastecimento. 

Marcio Moraes lembra que, caso n�o haja capta��o direta no Paraopeba, o sistema passa a contar apenas com a �gua proveniente das represas, “sujeitas � deple��o de seus lagos em per�odos de estiagem, que podem comprometer a quantidade de �gua ofertada”. 

Por isso, o retorno da capta��o a fio d'�gua no Paraopeba � fundamental, uma vez que o abastecimento da RMBH e da capital mineira � feito de forma integrada com o sistema de capta��o a fio d’�gua no Rio das Velhas. “A aus�ncia da capta��o do Rio Paraopeba deixa vulner�vel, de forma extrema, a seguran�a h�drica do munic�pio de Belo Horizonte e da RMBH.”

Capta��o quase dobra em Par� de Minas com nova adutora

Uma adutora tamb�m come�ar� a operar m�s que vem em Par� de Minas, na Regi�o Centro Oeste de Minas. O novo sistema, que ser� operado pela concession�ria �guas de Par� de Minas, poder� captar 286 litros por segundo no Rio Par� e conta com adutora de 47 quil�metros de extens�o para interliga��o � Esta��o de Tratamento de �gua (ETA) do munic�pio. 

Antes do rompimento, a cidade tamb�m suspendeu o sistema de capta��o no Rio Paraopeba depois do rompimento da barragem na mina do C�rrego do Feij�o. Quando puder retom�-lo, ter� sua capacidade outorgada duplicada. 

A cidade depende atualmente de sistema emergencial e de po�os artesianos. Segundo termo de compromisso assinado com o Minist�rio P�blico, o sistema contribui com no m�nimo 96 litros de �gua por segundo captados no C�rrego Cova Dantas e no m�nimo mais 50 litros por segundo advindos dos po�os. 

Com localiza��o estrat�gica e acesso �s BRs 262, 040 e 381, Par� de Minas v� na nova capta��o uma oportunidade de atrair neg�cios. No futuro, com os dois sistemas ativos, a capta��o passar� dos atuais 17 milh�es de litros por dia (relativo a uma s� capta��o) para 34 milh�es. 

“� uma oportunidade para novas empresas, principalmente do ramo aliment�cio, que consomem maior quantidade de �gua. E outras tantas que precisam do recurso h�drico e de eletricidade poder�o se instalar aqui”, diz o prefeito da cidade, Elias Diniz. Do ponto de vista interno, a novidade representa seguran�a: “Tivemos falta de �gua em 2013 e 2014 e foi um desastre. N�o queremos jamais reviver esse pesadelo”. 

Ele acredita que as cidades atingidas pela trag�dia de Brumadinho vivem agora uma segunda onda, voltada para gera��o de emprego e renda e uma integra��o baseada na consci�ncia ambiental.
 
“Recupera��o da calha do rio e outros procedimentos que tiveram de ser adotados em Par� de Minas ajudaram muito a cidade. Vir�o novos trabalhos, como batimetria para verificar canaliza��o e se rios t�m novas interfer�ncias, e tenho certeza de que a Vale vai trabalhar tamb�m nossas nascentes.” 

Solu��es para abastecimento na bacia do Paraopeba


Com a suspens�o da capta��o no Rio Paraopeba, a Vale implementou um programa de perfura��o com mais de uma centena de po�os ao longo da bacia. Al�m de atender usu�rios individuais e pequenas comunidades, estes po�os atualmente s�o respons�veis pelo abastecimento p�blico dos munic�pios de Paraopeba, Caetan�polis, Par� de Minas e Brumadinho.
 
“Tudo est� contemplado dentro do Plano Integrado de Abastecimento da Bacia do Paraopeba. Os po�os t�m estrutura robusta para que consigamos fornecer �gua de maneira perene e com toda garantia de qualidade”, afirma a gerente de Saneamento, Roberta Nunes Guimar�es. 

Para complementar o fornecimento de �gua, at� dezembro, est�o sendo instalados 250 filtros de alto desempenho, que conseguem atender aproximadamente 10 mil usu�rios em 22 munic�pios. Esses m�dulos de tratamento de �gua utilizam membranas e filtros para remover s�lidos, coliformes fecais e metais eventualmente presentes na �gua, at� mesmo dissolvidos, deixando-a pr�pria para consumo humano, conforme crit�rios definidos pelo Minist�rio da Sa�de. 

Adutora Carlos Prates,em obras na Região Noroeste de Belo Horizonte, está prevista para começar a operar mês que vem. (foto: Vale/Divulgação)
Adutora Carlos Prates,em obras na Regi�o Noroeste de Belo Horizonte, est� prevista para come�ar a operar m�s que vem. (foto: Vale/Divulga��o)

Abastecimento emergencial 


Paralelamente �s obras que visam solu��es em longo prazo, cerca de 750 milh�es de litros de �gua foram distribu�dos a moradores de 16 munic�pios afetados pela suspens�o da capta��o direta do Rio Paraopeba, no trecho entre Brumadinho at� Pomp�u e Curvelo. 

Eles recebem �gua por meio de caminh�es-pipa e fardos de �gua mineral desde janeiro do ano passado. S�o quatro os eixos de atendimentos emergenciais: dessedenta��o animal e irriga��o; consumo dom�stico e humano; instala��es hidr�ulicas e fornecimento de reservat�rios; e fornecimento de insumos agr�colas. 

O supervisor de Agropecu�ria da Diretoria de Repara��o, Marco Furini, explica que o primeiro contato de quem precisa de atendimento � via telefone (0800 031 0831), canal pelo qual se mapeiam as necessidades de determinada regi�o. Por dia, s�o entregues at� 2 milh�es de litros d’�gua. Os caminh�es-pipa s�o abastecidos, principalmente, por �gua captada nas esta��es da Copasa em Juatuba, Pomp�u e Curvelo. S�o eleg�veis ao benef�cio todos que captavam diariamente direto do Paraopeba, independentemente da dist�ncia da propriedade em rela��o ao rio. 

Tamb�m todos que faziam capta��o subterr�nea e est�o a at� 100 metros da margem do rio, nos dois lados. N�o s�o beneficiadas pessoas que n�o captavam �gua ou o faziam em fonte alternativa, em �rea segura, que t�m acesso � �gua encanada, e propriedades que usam po�o artesiano e est�o a mais de 100 metros (seguindo recomenda��o da Nota t�cnica 09 do IGAM). 

Para n�o entrar com caminh�o-pipa nas propriedades, foi instalado um sistema de canaliza��o que permite ao ve�culo chegar � rua, conectar a mangueira e mandar �gua direto na caixa d’�gua das casas.

“Muitas propriedades n�o captavam �gua do Paraopeba para beber, mas para irriga��o ou dessedenta��o animal. Al�m dos caminh�es, estamos fazendo po�os e procurando alternativas. Se h� outro rio na propriedade ou cisternas, instalamos filtros. Chegamos a ter 100 caminh�es, hoje s�o 58”, diz Furini.

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)