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Estado de Minas O FUTURO EM CONSTRU��O

Acolhimento

Animais retirados de zonas de autossalvamento recebem abrigo e cuidados especializados


postado em 28/06/2020 00:03 / atualizado em 28/06/2020 10:11

N�meros e a��es da repara��o n�o passam apenas por territ�rios geogr�ficos e pessoas. Na matem�tica e nas ci�ncias sociais de novas perspectivas, os animais retirados da zona de autossalvamento (ZAS) em Brumadinho, Bar�o de Cocais, Macacos, Ouro Preto e Itabirito tamb�m s�o levados em conta. 

N�o menos v�timas da trag�dia por terem perdido seu habitat, seus tutores ou por estar tamb�m longe de seus lares, diversas esp�cies est�o abrigadas em fazendas e outras estruturas que t�m por objetivo garantir-lhes conforto e bem-estar. 

O hospital veterin�rio, em Brumadinho, � uma das estruturas-base e atende ainda aos bichos das demais instala��es. Tamb�m na cidade, a Fazenda Abrigo de Fauna tem hoje 580 animais. V�rios deles est�o l� desde a cria��o do local, outros chegaram depois. Muitos t�m tutores e aqueles cujos donos n�o foram encontrados ficam sob a responsabilidade da Vale. 

A fazenda chegou a acolher no ano passado 270 c�es e gatos e, diante do n�mero alto, uma parte foi realocada em hot�is para pets. “Come�amos com eles um trabalho de amplia��o do bem-estar animal para focar na qualidade de vida deles”, afirma a bi�loga e gestora da fazenda Abrigo de Fauna, Magda Castro.

(foto: Vale/Divulgação)
(foto: Vale/Divulga��o)

Brincar, ir e vir, ficar livre de sede e desconforto, tirar o estresse s�o algumas das premissas desse processo, feito de forma atenta tamb�m nos hot�is. “Num segundo momento, focaremos na no��o de comando, quando come�armos a trabalhar melhor a socializa��o deles”, conta. 

Em Bar�o de Cocais, o Centro de Atendimento e Acolhimento Tempor�rio de Animais (Caata) abriga atualmente 1.748 animais, entre bovinos, equ�deos, c�es, gatos, porcos, galinhas, patos, gansos, perus, coelhos, codornas, uma cabra e alguns exemplares da fauna silvestre. 

Quatro estruturas formam o complexo de cuidado com os animais: a Fazenda Itajuru, com coelhos, aves e porcos em seus 70 hectares; os haras Coiote e Batatal com equinos em seus 3 hectares e 40 hectares, respectivamente; e a Fazenda Morro Vermelho, localizada em Ipoema, distrito de Itabira (Regi�o Central do estado), respons�vel por bovinos ao longo de seus 350 hectares. 

Apesar de toda a estrutura pr�pria dispon�vel, a Vale firmou ainda conv�nios com pet hot�is em Belo Horizonte e Jo�o Monlevade (na Regi�o Central) para os cuidados de 312 c�es e gatos. Canis e gatis est�o sendo constru�dos nas fazendas e, quando prontos, esses animais dom�sticos deixar�o os hot�is. 

(foto: Vale/Divulgação)
(foto: Vale/Divulga��o)

“Adotamos as melhores pr�ticas sanit�rias, nutricionais, de manejo e bem-estar animal. Seguimos os protocolos oficiais para cada esp�cie animal, abrangendo os controles sanit�rio, nutricionais, ambientais e de bem-estar. As estruturas de todos os territ�rios, e n�o apenas em Bar�o de Cocais, foram planejadas e projetadas tamb�m de acordo com normas estabelecidas pelo Minist�rio da Agricultura, Pecu�ria e Abastecimento”, informa o analista ambiental e coordenador do centro de atendimento de Cocais, Vin�cius Meyer. 

(foto: Vale/Divulgação)
(foto: Vale/Divulga��o)

Estrutura 


O analista ambiental e coordenador do Centro de Atendimento e Acolhimento Tempor�rio de Animais Fazenda do Engenho, em Macacos, Heleno Silva, lembra que a fauna dom�stica foi resgatada no per�odo das evacua��es. “Os animais ficar�o no Caata at� seu tutor original ter moradia e as condi��es de ficar com ele novamente”, explica.

A Fazenda do Engenho hoje est� respons�vel por aves (desde galinhas a p�ssaros ex�ticos), gatos, c�es e p�neis. Desses, 286 est�o na fazenda e 41 em pet hot�is. S�o 4 hectares com �rea de visita��o dos tutores (eles podem manter contato com seus animais em todas as estruturas), �rea de aves, canil, regi�o dos lagos. 

Conta ainda com piquetes dos p�neis e gatil, �rea de quarentena dos c�es e centro de triagem (para primeiro atendimento e posterior direcionamento ao hospital de Brumadinho, cl�nica veterin�ria da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG ou cl�nicas conveniadas). As obras e melhorias est�o em fase de conclus�o e a expectativa � de que nos pr�ximos meses todos os c�es estar�o abrigados na fazenda.  

Sol, Atena, Nino e seus amigos esperam um lar

Informações sobre a adoção dos animais resgatados nas áreas das barragens no site vale.com/melevapracasa ou pelo telefone 0800 031 0831.
Informa��es sobre a ado��o dos animais resgatados nas �reas das barragens no site vale.com/melevapracasa ou pelo telefone 0800 031 0831.


Em meio a milhares de animais abrigados nas fazendas da Vale, o destino daqueles que n�o t�m tutor pode ser uma nova casa. Cerca de 120 c�es e 25 gatos est�o prontos para ado��o. Desde a constru��o das estruturas, 350 animais ganharam um outro lar. 

Mesmo com as restri��es da pandemia, as campanhas que buscam nova fam�lia para os animais (n�o apenas gatinhos e c�ezinhos) est�o ativas e a pleno vapor na internet. Sol, Estrelinha, Atena, Nino e tantos outros foram fotografados em suas melhores poses, postadas no site do programa, porque, afinal de contas, eles tamb�m querem um lar definitivo. 

Os animais s�o entregues em casa (desde que na RMBH) aos novos tutores vacinados, vermifugados e castrados. Eles s�o acompanhados pelas equipes da Vale por seis meses depois da ado��o. Se � poss�vel conhec�-los pela internet, o contr�rio tamb�m tem sido feito usando a rede mundial de computadores em tempos de coronav�rus: os candidatos apresentam �s equipes das fazendas sua casa e o ambiente onde ficar� o novo amigo numa visita virtual. 

O mesmo ocorre para quem j� est� com um deles em casa e precisa mostrar o andamento dessa nova amizade. “Essa verifica��o n�o significa que a pessoa precisa ter um material de luxo para os animais, mas a m�nima condi��o necess�ria para que ele esteja bem. Durante seis meses, permanecemos com a corresponsabilidade desse animal”, relata a bi�loga e gestora da fazenda Abrigo de Fauna, Magda Castro.

Tamb�m est�o � procura de uma nova casa animais com leishmaniose, em cadeira de rodas e com tumor. “Eles podem perfeitamente ser adotados, mas a pessoa deve ter ci�ncia e a condi��o de tratar – n�o em rela��o a rem�dio, que damos em alguns casos, mas no cuidado, na aten��o � medica��o”, diz Magda.

‘Poliniza��o’ da renda


As a��es de repara��o tocam tamb�m uma esp�cie particular e de extrema import�ncia para a flora – abelhas nativas ind�genas. Esp�cime sem ferr�o, elas ocorrem nos remanescentes de mata da floresta de Brumadinho. “Vimos trabalhando com elas desde o p�s-rompimento, fizemos mapeamento das colmeias nativas e as monitoramos, inclusive com realoca��o delas em lugares onde haver� obras”, explica o bi�logo e analista ambiental da Ger�ncia de Repara��o, Gustav Specht. Com papel de polinizadora, elas poder�o ser em breve agentes de gera��o de renda. 

(foto: Vale/Divulgação)
(foto: Vale/Divulga��o)

Quando precisam ser retiradas do meio onde est�o, as colmeias s�o levadas para o melipon�rio – o api�rio das abelhas sem ferr�o, pr�prias da terrinha, ao contr�rio dos exemplares com ferr�o, esp�cies ex�ticas origin�rias da Europa e da �frica. Em Brumadinho, as nativas t�m papel fundamental no processo de revitaliza��o da regi�o, � medida que sua poliniza��o auxilia na recupera��o e plantios das �reas atingidas pelo rompimento. “Brumadinho � um dos �nicos munic�pios do Brasil que tem lei protegendo as abelhas nativas”.

Baseado nessa legisla��o, come�amos a fazer prospec��o desse ambiente natural”, conta Specht. A Vale vem trabalhando com abelhas sem ferr�o no Centro de Tecnologia de Ferrosos (CTF) Miguel�o, em Nova Lima (Grande BH), e tamb�m em Caraj�s (PA) e na Reserva de Linhares (ES). As abelhas s�o catalogadas e quando o local onde est�o � pass�vel de alguma interven��o, � feita a retirada. Segundo Specht, h� aproximadamente 195 colmeias catalogadas na regi�o de Brumadinho, na �rea do Ribeir�o Ferro-Carv�o, e 20 enxames no melipon�rio. 

A cria��o de abelhas sem ferr�o est� sendo estudada para um projeto-piloto no C�rrego do Feij�o de oficinas de manejo desde a captura at� a explora��o do mel. A iguaria dessa esp�cie � considerada especial, sendo muito valorizada na culin�ria. 

(foto: Vale/Divulgação)
(foto: Vale/Divulga��o)

“H� 25 esp�cies identificadas s� na regi�o de Brumadinho e pode-se trabalhar todas com produ��o de mel”, avisa o bi�logo. Dessas, algumas est�o amea�adas de extin��o, o que torna a produ��o nos melipon�rios ainda mais importante para a conserva��o desses exemplares.

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