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Estado de Minas ESPECIAL

Vale investe R$ 1,8 bi em obras para reduzir carreamento de rejeitos para Rio Paraopeba

Ser�o constru�das 23 estruturas para promover a recupera��o ambiental do Rio


Brumadinho e região | Reconstrução
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Brumadinho e regi�o | Reconstru��o
postado em 30/06/2019 06:06 / atualizado em 01/07/2019 14:28

Capacidade de tratamento da ETAF equivale a cerca de 20 piscinas olímpicas por dia(foto: Divulgação/Vale)
Capacidade de tratamento da ETAF equivale a cerca de 20 piscinas ol�mpicas por dia (foto: Divulga��o/Vale)
Os desafios ainda s�o muitos para aqueles que tiveram seu ganha-p�o impactado em Brumadinho. O primeiro deles, recuperar o preju�zo financeiro. O segundo, reconquistar a clientela. A produtora rural e administradora Carla de Laci, de 46 anos, propriet�ria da Fazenda Saint 'Etienne na comunidade de Pires, uma das mais atingidas pelo rompimento, tem v�rios arrendamentos rurais de hortifrutigranjeiros, pecu�ria, parcerias, alugu�is, empreendimentos e produ��o rural.

Seus arrendadores foram obrigados a jogar a produ��o inteira fora porque os clientes acharam que os produtos estavam contaminados. “Eles usam �gua de nascentes, mas como explicar isso para os compradores? Morreram animais que ficaram sem acesso � �gua do rio Paraopeba”, relata. A expectativa dela � de que a �gua que viu sair limpa da Esta��o de Tratamento de �gua Fluvial (Etaf) – uma das obras para recuperar o Paraopeba – e cair no leito do rio chegue logo � sua propriedade e �s dos vizinhos, eliminando o risco de contamina��o e proporcionando a todos retomar vida normal.

Pires tem 200 moradores, num total de 70 fam�lias. O Paraopeba corta a comunidade por cerca de 1,5 quil�metro. Al�m da ETAF, est� em funcionamento um reservat�rio formado por cortinas de estacas - pranchas met�licas para conter os rejeitos. Segundo a Vale,as interven��es devem ser conclu�das antes do per�odo chuvoso, a partir de outubro. A recupera��o ambiental do Paraopeba depende desse conjunto de obras, que t�m como objetivo conter ao m�ximo os rejeitos que ainda est�o sendo carreados para o rio. As interven��es fazem parte de um pacote de investimentos de aproximadamente R$ 1,8 bilh�o, a serem aplicados ao longo dos pr�ximos anos, que inclui ainda estabiliza��o das estruturas remanescentes dentro da mina do C�rrego do Feij�o e a reconstru��o de equipamentos p�blicos de Brumadinho. 

As obras de conten��o est�o divididas em tr�s trechos. O primeiro abrange 10 quil�metros a partir da barragem que se rompeu at� a conflu�ncia do Ribeir�o Ferro-Carv�o com o Rio Paraopeba. Nesse local, est� assentado o rejeito mais espesso. Estima-se que ali estejam depositados entre 6 milh�es e 7 milh�es de metros c�bicos do material que vazou da B1. Na �rea, a mineradora est� construindo 23 estruturas,das quais 15 de conten��o com altura de at� 5 metros, duas barreiras hidr�ulicas filtrantes e um dique, al�m do reservat�-rio de estacas-prancha e a ETAF, ambos em funcionamento. A �gua tratada na esta��o chega com valores acima de 20 mil NTU e � devolvida ao Paraopeba com �ndices abaixo de 15 NTU, em m�dia. Os padr�es de turbidez do Conselho Nacional de Meio Ambiente(Conama) s�o de at� 100 NTU. 

"Tenho o projeto de fazer uma Brumadinho melhor. Visitar a esta��o de tratamento � importante para as pessoas verem o que est� ocorrendo e n�o ficar s� nos boatos"

Carla De Laci, produtora rural

As a��es de dragagem previstas para o Trecho 2, da conflu�ncia do Ribeir�o Ferro-Carv�o com o Paraopeba ao munic�pio de Juatuba, ainda est�o sendo discutidas com as comunidades. J� no trecho 3, entre Juatuba e a Usina de Retiro Baixo, no munic�pio de Pomp�u,em uma faixa de aproximadamente 170 quil�metros do Paraopeba, o foco � reduzir o carreamento de rejeitos mais finos. 

Carla De Laci, produtora rural, moradora da comunidade Pires, uma das mais atingidas pelo rompimento da barragem de Córrego do Feijão(foto: Alain Dhome/Esp. EM)
Carla De Laci, produtora rural, moradora da comunidade Pires, uma das mais atingidas pelo rompimento da barragem de C�rrego do Feij�o (foto: Alain Dhome/Esp. EM)
“Essa �gua que est� sendo tratada na ETAF chegar� tamb�m ao meu terreno. Consigo entender que foram feitas barreiras para conter os sedimentos”, conta Carla de Laci. A produtora rural, que � integrante do Conselho Municipal de Desenvolvimento Sustent�vel e Planejamento de Brumadinho,visitou a ETAF. “O assoreamento existe h� muitos anos. Todos os moradores foram convidados para conhecer a esta��o. A olhos vistos, esse projeto � muito bacana, mas pena que s� veio neste momento. A �gua fica cristalina. � poss�vel ver o fundo, n�o h� turbidez”, conta. 

MONITORAMENTO
Paralelamente �s obras de conten��o, a Vale continua realizando o monitoramento di�rio no Paraopeba, iniciado no dia seguinte ao rompimento da barragem. J� � poss�vel verificar que a �gua em alguns pontos do rio come�a a voltar � sua condi��o original, ap�s in�cio do per�odo de estiagem. A �rea com maior turbidez concentra-se em at� 40 quil�metros da barragem B1. A empresa tamb�m estima que � muito pouco prov�vel que os rejeitos alcancem o Rio S�o Francisco. S�o 66 pontos de monitoramento, cobrindo mais de 2,6 mil quil�metros de extens�o. 

Os �ndices de toxicidade est�o abaixo dos limites legais para rejeitos de minera��o, de acordo com a NBR 10.004, da Associa��o Brasileira de Normas T�cnicas (ABNT). O trabalho � conduzido por cinco laborat�rios especializados, envolvendo aproximadamente 250 profissionais. A Coordena��o de Programas de P�s-Gradua��o em Engenharia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ), foi contratada para validar os dados.

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