O governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), defendeu nesta ter�a-feira que o reajuste do sal�rio m�nimo seja superior aos R$ 545, proposto pelo governo Dilma Rousseff. No entanto, ele n�o encampou diretamente a proposta do ex-governador Jos� Serra (PSDB) de que o m�nimo suba para R$ 600. "Na �rea federal, � preciso avaliar as contas da Previd�ncia Social. Mas eu acho que poderia ser maior, levando-se em considera��o a infla��o de alimentos", disse, ao responder sobre a viabilidade de um m�nimo de R$ 600. Desde a campanha eleitoral para a Presid�ncia da Rep�blica no ano passado, Serra defende que o sal�rio m�nimo seja elevado para R$ 600, dizendo que o reajuste seria "fact�vel". "� preciso verificar que a infla��o de alimentos foi de dois d�gitos, � s� ver quanto aumentou o feij�o", afirmou Alckmin. "Poder melhorar o sal�rio m�nimo, eu diria, � uma medida de justi�a social". A infla��o do grupo de alimenta��o e bebidas medida pelo �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou 2010 em 10,39%. Na semana passada, o governo do Estado de S�o Paulo anunciou o reajuste para o piso regional que � composto por tr�s faixas: R$ 600, R$ 610 e R$ 620, de acordo com a ocupa��o do trabalhador. O governador avaliou que os gastos do governo federal t�m sido elevados, o que, segundo ele, criou um "evidente" problema de natureza fiscal no Brasil. Para ele, os excessos nas contas p�blicas s�o respons�veis por uma pol�tica monet�ria "muito dura". "� evidente que n�s temos um problema de natureza fiscal" disse. "Esse problema fiscal tem levado com que o controle da infla��o se fa�a apenas com a eleva��o de juros, o que cria uma pol�tica monet�ria muito dura", acrescentou. Alckmin ressaltou que o efeito chega na pol�tica cambial, com "uma moeda sobrevalorizada". Hoje, o Instituto Teot�nio Vilela, ligado ao PSDB, divulgou um an�lise na qual critica os gastos p�blicos do governo do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, que seriam uma "heran�a maldita" para a administra��o de Dilma Rousseff. De acordo com o instituto, o corte de R$ 50 bilh�es do Or�amento da Uni�o, anunciado pelo governo federal, indica que a gest�o anterior "soltara, irresponsavelmente, as r�deas dos gastos". "Dilma � fiadora direta desta m� heran�a". "Eu entendo que as medidas de natureza fiscal anunciadas pelo governo federal s�o necess�rias para podermos segurar a infla��o e, por outro lado, termos uma macroeconomia mais condizente com o desenvolvimento", disse Alckmin, sobre as medidas fiscais anunciadas pelo governo Dilma.