Dilma acompanha vota��o no Pal�cio do Planalto

Confiante na vit�ria do governo e certa da aprova��o do novo sal�rio m�nimo de R$ 545, assim que foi derrubada a proposta da oposi��o de R$ 600, a presidente Dilma Rousseff deixou na quarta-feira o Pal�cio do Planalto. Dilma acompanhou o encaminhamento da vota��o em seu gabinete, no terceiro andar do Planalto, juntos dos ministros da Casa Civil, Antonio Palocci, e das Secretaria Geral, Gilberto Carvalho, das Rela��es Institucionais, Luiz S�rgio, e da Comunica��o Social, Helena Chagas.

Ap�s a sa�da de Dilma, os ministros se transferiram para o gabinete de Palocci, no quarto andar, onde permaneceram at� o final dos trabalhos da C�mara. Os ministros comemoraram o resultado francamente favor�vel ao Planalto, de 361 votos, muito superior aos 330 que consideravam que poderiam obter. Apesar de a presidente Dilma estar assistindo � sess�o, o ministro Palocci telefonou para conversar com ela e comemorar o resultado.

O dia foi de muita movimenta��o e expectativa no Planalto por conta do que estava sendo considerado o primeiro teste da presidente Dilma, embora o governo estivesse confiante da aprova��o do sal�rio m�nimo de R$ 545. Pela manh�, Palocci comandou a primeira reuni�o de avalia��o sobre o m�nimo, com os ministros da Casa, enquanto o vice-presidente, Michel Temer, se dirigiu para o Congresso, a fim ajudar nas negocia��es com os peemedebistas e pedir o apoio de toda a bancada.

� tarde, antes do in�cio das vota��es, Dilma Rousseff foi informada de que o governo obteria, pelo menos 320 votos a favor do R$ 545 e contra os R$ 560, defendidos pela oposi��o e pelas centrais sindicais. Embora n�o houvesse preocupa��o com uma poss�vel derrota, n�o foi bem recebido, pela presidente Dilma Rousseff e os ministros do Planalto, a not�cia da libera��o da bancada por parte do PDT. A sinaliza��o era de que o ministro do Trabalho, Luiz Lupi, poderia pagar caro por isso, caso o n�mero de votos da bancada pedetista contra os R$ 545 fosse muito alto.

Dissidentes

Ainda na noite de quarta-feira, o governo contabilizava os votos dos dissidentes, para decidir o que fazer com eles, j� que a decis�o inicial era puni-los. Dependendo do n�mero de dissid�ncias registradas em rela��o ao R$ 545 do novo sal�rio m�nimo, o entendimento no Planalto era que alguma atitude ter� de ser tomada em rela��o ao partido e aos "traidores", para que "sirva de exemplo".

O governo n�o quer ter de ficar negociando a cada vota��o com os partidos da base e vai exigir cumprimento da fidelidade ao Planalto. Mas a atitude da presidente Dilma em rela��o aos dissidentes vai depender do tamanho do estrago que esses rebeldes fizerem na base governista. No Pal�cio, estimava-se que poderia chegar a 75 o n�mero de votos dos dissidentes, numero que, viram ter sido inferior.