Dutra quer unanimidade da bancada nas vota��es

O presidente do PT, Jos� Eduardo Dutra, parabenizou no Twitter a bancada de senadores do partido que votou unida a favor do sal�rio m�nimo de R$ 545. "O PT deu grande demonstra��o de unidade pol�tica na vota��o de ontem no Senado. Parab�ns a todos (as), em especial ao l�der @humbertocostapt", registrou o petista. A unanimidade da bancada resultou de um amplo esfor�o do partido para dissuadir o senador Paulo Paim (PT-RS) de votar a favor do m�nimo de R$ 560, conforme emenda de autoria do DEM. Nesse processo, foi decisiva a interven��o da presidente Dilma Rousseff, que convidou Paim para uma conversa reservada com ela no Planalto antes da vota��o. As duas defec��es do PT na C�mara, com os votos contr�rios dos deputados Eudes Xavier (CE) e Francisco Praciano (AM), irritaram Dutra, mas eles n�o ser�o punidos porque o diret�rio nacional do PT n�o fechou quest�o sobre a vota��o do m�nimo. Dutra n�o defende que o PT feche quest�o nas vota��es mais pol�micas, porque as san��es aos infieis podem ser muito duras. No epis�dio mais dram�tico envolvendo dissidentes, o PT expulsou a ent�o senadora Helo�sa Helena (AL), que votou contra a reforma previdenci�ria no governo Lula. Ela fundou o PSOL e levou com ela petistas hist�ricos, como o deputado Chico Alencar (RJ). O desejo de Dutra � convencer os deputados e senadores da sigla a votarem sempre unidos. "N�o podemos impedir um deputado ou senador de ter opini�o pr�pria, mas ele tem de respeitar o partido", ponderou. Nos casos em que algu�m discordar da orienta��o de voto, a ideia � convenc�-lo a utilizar a "declara��o de voto", recurso previsto no estatuto do PT. Por esse instrumento, o petista pode declarar a posi��o contr�ria ao tema em discuss�o, mas � obrigado a votar com o partido. Todo o esfor�o para garantir os 15 votos petistas a favor do governo tem duas justificativas. Primeiro, Dutra quer resgatar a unidade que caracterizava a bancada nos tempos em que o PT fazia oposi��o ao governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Em segundo lugar, o PT n�o poderia deixar o PMDB se vangloriar da vota��o un�nime na C�mara a favor do governo. "N�o poder�amos deixar o PMDB cantar de galo sozinho", desabafou um outro petista.