O ministro da Fazenda, Guido Mantega, explicou hoje que o governo reduziu em R$ 18,087 bilh�es a previs�o de receitas l�quidas para 2011. A maior revis�o ocorreu na arrecada��o da Contribui��o Social sobre o Lucro L�quido (CSLL), que caiu em R$ 6,1 bilh�es. No recolhimento do Imposto de Renda foi uma queda de R$ 3,1 bilh�es na previs�o para este ano. Outros R$ 3,9 bilh�es foram retirados da estimativa de arrecada��o do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Mantega disse que houve um aumento na proje��o de recolhimento da Cofins, mas n�o citou valores. "Esta revis�o reduz a possibilidade de gastos", disse o ministro. "Temos que ser mais realistas", completou, afirmando que a revis�o � normal. "S�o R$ 18 bilh�es que poder�amos estar colocando nos gastos", destacou Mantega. Despesas O ministro informou que as despesas obrigat�rias tiveram um corte de R$ 15,762 bilh�es, enquanto as despesas discricion�rias ca�ram R$ 36,201 bilh�es. O governo tamb�m fez alguns vetos � Lei Or�ament�ria (LOA) de 2011 que, segundo Mantega, representam uma redu��o de despesas de R$ 1,623 bilh�o. Al�m disso, o governo aumentou a proje��o de despesas com cr�ditos extraordin�rios em R$ 3,5 bilh�es. Dessa forma, o corte de gastos totalizou R$ 50,087 bilh�es. Mantega destacou que a propor��o das despesas em rela��o ao PIB caiu para 17,8% em 2011 um ponto porcentual a menos que no ano passado. Novo cen�rio O ministro disse que o corte de R$ 50 bilh�es no Or�amento Geral da Uni�o, a fixa��o do sal�rio m�nimo em R$ 545, o aumento dos juros e as medidas macroprudenciais que v�m sendo adotadas n�o significam uma mudan�a na pol�tica econ�mica do governo. %u201CN�o teria raz�es para mudar a pol�tica bem sucedida que levou o Pa�s ao desenvolvimento. Ela apenas est� sendo adaptada ao novo cen�rio que o Pa�s est� vivendo%u201D, afirmou. Segundo ele, o Brasil deve ter crescido a uma taxa de 7,5% em 2010 e uma expans�o continuada nesse patamar levaria � cria��o de gargalos. %u201C� uma acelera��o excessiva pra economia brasileira ent�o estamos conduzindo a economia para patamar mais sustent�vel, que � 5%%u201D, acrescentou. Mantega afirmou ainda que as medidas n�o t�m o objetivo de %u201Cderrubar a economia para ter um crescimento p�fio e modesto como no passado%u201D.