Ministro italiano cobra extradi��o de Battisti

Franco Frattini, ministro de Rela��es Exteriores da It�lia, cobrou do Brasil a extradi��o de Cesare Battisti. Em Genebra para reuni�es sobre direitos humanos, o representante do primeiro-ministro Silvio Berlusconi insistiu que n�o h� outra alternativa sen�o enviar Battisti de volta para a It�lia. "O pr�ximo passo tem de ser a extradi��o", afirmou o ministro. ''N�o h� outra coisa a ser feita. Esse � o pr�ximo passo (no processo)'', afirmou.

O ex-ativista foi integrante do grupo Prolet�rios Armados pelo Comunismo (PAC) e condenado pela Justi�a de Mil�o � pris�o perp�tua por envolvimento em quatro assassinatos. Fugiu para o Brasil em 2007 e acabou sendo detido preventivamente pelas autoridades brasileiras, esperando a extradi��o para a It�lia. Mas no �ltimo dia de governo do ent�o presidente Luiz In�cio Lula da Silva, o Executivo deu sinal verde para a perman�ncia de Battisti no Brasil, o que causou a irrita��o do governo da It�lia e do Parlamento Europeu. Agora, aguarda na Penitenci�ria de Papuda, em Bras�lia, a decis�o do Supremo Tribunal Federal. Os ministros do STF dar�o a palavra sobre o futuro de Battisti. Para os italianos, o ex-ativista deve ser tratado como um criminoso comum e cumprir a pena de pris�o perp�tua. A presidente Dilma Rousseff tem evitado falar sobre o assunto. Mas o novo chanceler brasileiro, Antonio Patriota, insiste que a decis�o de manter Battisti no Brasil n�o tem afetado a rela��o bilateral. "Todas as indica��es que temos s�o de que h� um grande apre�o nas rela��es . O Brasil tem mais de 20 milh�es de descendentes de origem italiana. N�o identifico problema nessa situa��o", afirmou h� 10 dias. Ontem, Frattini tamb�m refor�ou a ideia de que, apesar da press�o, o caso n�o afeta a rela��o bilateral. "Somos grandes amigos do Brasil e temos uma �tima rela��o de parceria", afirmou Frattini. No in�cio do m�s Battisti entregou uma carta ao senador se defendendo e alegando que os crimes dos quais � acusado n�o foram de sua autoria. Segundo ele, os atos do grupo ao qual pertencia nunca provocaram ''ferimentos ou a morte de qualquer ser humano.