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Estado de Minas

Citados nas den�ncias da Caixa de Pandora ainda n�o foram denunciados


postado em 07/03/2011 09:27

Um ano e quatro meses ap�s o in�cio da maior crise pol�tica do Distrito Federal, desencadeada pela Opera��o Caixa de Pandora, nenhum dos citados no Inqu�rito nº 650, que tramita no Superior Tribunal de Justi�a (STJ), foi denunciado. H� pouco mais de 15 dias, o procurador-geral da Rep�blica, Roberto Gurgel, responsabilizou a Pol�cia Federal pela demora no desfecho do caso. “Tivemos realmente uma s�rie de dificuldades com a Pol�cia Federal, como atrasos de per�cias. Ainda h� uma s�rie de pend�ncias, mas a gente espera conseguir resolver tudo e ter realmente condi��es de apresentar a nossa conclus�o”, afirmou Gurgel, em 16 de fevereiro. A PF, por sua vez, assegura que todas as dilig�ncias requisitadas pelo Minist�rio P�blico foram conclu�das e aguarda novas demandas dos procuradores respons�veis pelo caso.

Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante ressalta que a demora na investiga��o e puni��o dos culpados “� o fermento da corrup��o”. “Embora saibamos que o tempo da Justi�a n�o � o da imprensa nem o da sociedade de forma geral, que querem apura��o mais r�pida, � necess�rio que apura��o seja mais r�pida sob pena de tornar in�cuo qualquer tipo de puni��o”, disse, destacando, por�m, a necessidade de se respeitar os prazos para defesa.

Em 27de novembro de 2009, o Brasil conheceu um dos esquemas de arrecada��o e distribui��o de propina mais bem documentados do pa�s. A a��o, segundo a PF e o Minist�rio P�blico, seria chefiada pelo ex-governador Jos� Roberto Arruda (sem partido) e envolveria secret�rios de governo e distritais, que recebiam propina para votar projetos de interesse do Executivo. O principal delator � o ex-secret�rio de Rela��es Institucionais do GDF Durval Barbosa, o mesmo que gravou a deputada federal Jaqueline Roriz (PMN) recebendo um pacote de dinheiro em 2006. O v�deo s� foi divulgado na �ltima semana.

A coordenadora do Movimento de Combate � Corrup��o Eleitoral (MCCE), Jovita Rosa, critica a demora do MP em concluir as investiga��es dos citados na opera��o Caixa de Pandora. “� com pesar que a gente v� a atua��o do Minist�rio P�blico, na condi��o de protetor da lei. Sentimos falta de uma atitude mais concreta, de mais rapidez”, reclama. “Queremos uma c�lere apura��o n�o s� em rela��o a ela (Jaqueline), mas com todos os envolvidos.”

Pagamentos � base

As investiga��es indicam que o governo tinha uma despesa mensal de R$ 600 mil com pagamentos � base aliada. De acordo com relat�rio da PF, em situa��es especiais, a quantia era mais alta. Para votar a favor do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (Pdot), por exemplo, alguns deputados teriam recebido R$ 420 mil. Em um cap�tulo especial, s�o mencionados nomes de 10 distritais. Durval entregou 23 v�deos � pol�cia. Em muitas grava��es, h� cenas em que o ex-secret�rio de Rela��es Institucionais aparece repassando ma�os de dinheiro a pol�ticos do Distrito Federal.

Ainda em novembro de 2009, os parlamentares Eurides Brito (PMDB), J�nior Brunelli (ent�o no PSC) e Leonardo Prudente (ent�o no DEM) aparecerem, em separado, recebendo dinheiro de origem suspeita das m�os do delator do esquema. Eurides p�s o dinheiro na bolsa. Prudente, por sua vez, guardou as notas no palet� e at� nas meias. Ele e Brunelli tamb�m ficaram famosos pela apari��o em outro v�deo, em que fazem uma ora��o de agradecimento pela vida de Durval. Brunelli e Prudente renunciaram ao mandato para fugir da cassa��o. Eurides enfrentou o processo at� o fim e foi cassada em junho do ano passado.


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