Ministra diz que esclarecimento sobre mortes na ditadura � d�vida da na��o brasileira

A ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Ros�rio, afirmou nesta quinta-feira (17) que o esclarecimento sobre a circunst�ncia e o destino dos corpos dos mortos e desaparecidos nos anos da ditadura militar n�o se trata de prioridade de governo ou parlamento, mas de toda a na��o brasileira. Segundo ela, � grande o n�mero de parentes que, at� hoje, n�o sabe o que ocorreu com aqueles que lutaram pela restitui��o da democracia no pa�s. “� uma d�vida da na��o com o povo brasileiro que n�o est� sendo reconhecida”, disse a ministra defendendo a instala��o de uma Comiss�o Nacional da Verdade.

Maria do Ros�rio minimizou qualquer diverg�ncia com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e com os militares. Ela descartou que existam cr�ticas de Jobim a sua conduta e ressaltou que o trabalho vem sendo feito conjuntamente. A ministra afirmou que o foco principal � a recupera��o desse per�odo hist�rico.

Quanto a eventuais resist�ncias dos militares em abrirem os arquivos do per�odo da ditadura, Maria do Ros�rio afirmou que as institui��es das For�as Armadas, na atualidade, est�o vocacionadas para a democracia. Ao Congresso, ela solicitou que o assunto seja debatido no ritmo que os parlamentares julgarem adequado. O projeto que institui a cria��o da Comiss�o da Verdade foi encaminhado ao Congresso em maio de 2010, v�spera do in�cio da disputa presidencial.

Ao participar de encontro na Comiss�o de Direitos Humanos do Senado, para discutir com representantes de v�rios segmentos da sociedade a pol�tica de direitos humanos do Executivo, Maria do Ros�rio tamb�m destacou a situa��o da fam�lia do ex-deputado Rubens Paiva (PTB), preso pela ditadura militar e desaparecido desde 1971.

“A na��o recebeu sua vida [Rubens Paiva]. Agora, a na��o recebe a luta de seus netos que querem saber o que ocorreu com Rubens Paiva e outros que morreram na luta pela democracia”, afirmou a titular de Secretaria de Direitos Humanos.