O governo federal fez um corte adicional de R$ 577,1 milh�es nas despesas do Or�amento da Uni�o em 2011. O Relat�rio de Avalia��o de Despesas e Receitas do primeiro bimestre de 2011, divulgado nesta segunda-feira pelo Minist�rio do Planejamento e encaminhado ao Congresso Nacional, prev� um corte total de R$ 50,664 bilh�es em 2011.
O relat�rio explica que foi constatada a necessidade de aumento do empenho das despesas nesse volume adicional de R$ 577,1 milh�es, em fun��o da revis�o das proje��es de receitas. Entre estes fatores est�o a diminui��o da arrecada��o do Imposto de Renda devido � revis�o de 4,5% da tabela de c�lculo do Imposto de Renda de Pessoa F�sica (IRPF). Quando o governo anunciou o corte de R$ 50,1 bilh�es no Or�amento, n�o havia ainda o an�ncio da revis�o da tabela.
Receita l�quida
O Minist�rio do Planejamento divulgou ainda uma redu��o nas estimativas de receita l�quida (exceto contribui��o para a Previd�ncia Social) de R$ 527,1 milh�es para 2011. Em rela��o somente �s receitas administradas pela Receita, a redu��o foi de R$ 511,7 milh�es no resultado anual.
Segundo o documento, a nova estimativa incorporou os valores arrecadados em fevereiro, que ser�o divulgados esta semana, e leva em conta a revis�o de 4,5% na tabela progressiva para o c�lculo do Imposto de Renda da Pessoa F�sica (IRPF).
Infla��o e PIB
Apesar do aumento das proje��es de infla��o pelo mercado financeiro, o governo prev� que o IPCA acumulado em 2011 ficar� em 5%. A proje��o consta no Relat�rio Bimestral de Avalia��o de Receitas e Despesas de 2011, encaminhado hoje ao Congresso Nacional. O mercado prev�, na pesquisa Focus divulgada na manh� de hoje, um IPCA bem mais elevado em 2011, de 5,88%. O governo tamb�m manteve proje��o de 5% de crescimento no Produto Interno Bruto (PIB) em 2011. A estimativa tamb�m � mais elevada que a do mercado financeiro, registrada na pesquisa Focus, de 4,03%.
O relat�rio reestimou, no entanto, a previs�o da Selic (a taxa b�sica de juros da economia) m�dia, de 10,71% para 11,58%. A proje��o de c�mbio m�dio tamb�m foi reavaliada, caindo de R$ 1 72 para R$ 1,70. O pre�o de petr�leo m�dio foi reestimado, subindo de US$ 88,49 para US$ 98,34, com uma alta de US$ 9,85. J� a proje��o para o �ndice Geral de Pre�os - disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu de 5,50% para 6,28%.