O deputado Barros Munhoz, do PSDB, presidente da Assembleia de S�o Paulo, est� convencido de que a saraivada de den�ncias contra ele, envolvendo-o em atos de improbidade, teve origem na pequena Itapira (SP), cidade que administrou em tr�s mandatos. Mas n�o afasta a possibilidade de ter sido alvo de “fogo amigo”, algu�m de sua legenda ou de partido aliado, que queria intimid�-lo com a divulga��o das a��es judiciais em que � r�u ou investigado - s�o 22 no total -, como vem ocorrendo desde que foi reconduzido ao posto, h� duas semanas.
“A origem � l�”, disse Munhoz, apontando para a cidade a 170 quil�metros da capital hoje governada por rivais. “Agora, eles, sozinhos, dificilmente motivariam os jornais a entrar, como entraram, na divulga��o dos fatos. Pode ter sido (fogo amigo).” Munhoz recebeu o jornal O Estado de S. Paulo ontem, em seu gabinete. A seu lado estava o deputado Campos Machado (PTB), articulador da vit�ria do tucano - aclamado por 92 dos 94 parlamentares da Casa para mais dois anos no poder.
As a��es judiciais, sup�e Munhoz, s�o fruto de “persegui��o pessoal e pol�tica de um ou dois promotores”. O Minist�rio P�blico o acusa de favorecer a Brinquedos Estrela e um fazendeiro por meio de contratos especiais. A f�brica se instalou em terreno doado por ele. O fazendeiro teve parte de sua propriedade alugada para a constru��o de um hotel chamado Esperan�a. Em outra demanda, o deputado teve os bens bloqueados.
“A necessidade de criar empregos e receitas no munic�pio era aguda”, argumentou Munhoz. “Elaboramos um plano de industrializa��o e cria��o de empregos na �rea rural. Surgiu o Hotel-Fazenda, que n�o � simplesmente um hotel. Chamava-se projeto Esperan�a porque tinha um plano de cafeicultura para gerar emprego. O hotel n�o era para dar lucro � prefeitura, mas para dar apoio a todo esse programa de desenvolvimento.”