
Segundo Dirceu, aplaudido tr�s vezes durante sua interven��o no debate, o PT tamb�m deve se mobilizar contra qualquer iniciativa destinada a por fim ao voto obrigat�rio - uma vez que a medida prejudicaria sobretudo o eleitorado mais pr�ximo do petismo. Para ele, o fim da reelei��o n�o vai reduzir os problemas de corrup��o e de uso da m�quina pol�tica nas elei��es. "Algu�m acha, em s� consci�ncia, que vai acabar o uso da m�quina a favor deste ou daquele porque vai acabar a reelei��o? Se o Serra for candidato em 2014 e n�o o Alckmin, n�o vai se usar a m�quina? N�o tem nada a ver."
Para o ex-chefe da Casa Civil e coordenador da campanha vitoriosa de Luiz In�cio Lula da Silva em 2002, o PT tende a ser o partido mais beneficiado a com a reforma, por causa de sua estrutura partid�ria, pela base que possui e pela pr�pria hist�ria. Para que isso ocorra, por�m, � preciso fazer alian�as com partidos pr�ximos e movimentos sociais. "N�o vamos ter ilus�es", disse. "O PSDB e o PMDB v�o caminhar juntos na reforma pol�tica."
O l�der do governo na C�mara, deputado C�ndido Vacarezza (SP), observou que o quadro em rela��o � reforma ainda � de incertezas. "Existe o risco real de ocorrer uma piora no sistema eleitoral, caso seja aprovado o voto distrital, assim como n�o se descarta a possibilidade de, ap�s muita discuss�o, n�o se mudar nada", afirmou.
Vacarezza tamb�m destacou que as principais teses do partido no debate ser�o o fortalecimento dos partidos, o financiamento p�blico de campanhas eleitorais, o voto em lista e o fim das coliga��es proporcionais.