TSE vai cadastrar digitais de 6 milh�es de eleitores

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Ricardo Lewandowski, deu in�cio nesta segunda-feira, em Curitiba (PR), a uma nova etapa de recadastramento de eleitores para as elei��es de 2012. Nesta fase, cerca de seis milh�es de pessoas dever�o comparecer �s sedes dos tribunais eleitorais para o cadastramento das impress�es digitais.

O objetivo � que at� 2018 todos os estimados 150 milh�es de eleitores do Pa�s estejam cadastrados biometricamente, o que, segundo Lewandowski, evitar� fraudes, encurtar� filas e apressar� a apura��o. Nas elei��es de 2010, pouco mais de 1,1 milh�o de eleitores foram identificados por impress�o digital em todo o Brasil.

Al�m dos 1,3 milh�o de eleitores curitibanos, os eleitores dos munic�pios paulistas de Jundia� e Itupeva; dos pernambucanos Alian�a, Caruaru, Catende, Macaparana, Sanhar� e Vic�ncia; de Goi�nia, e de todas as cidades de Alagoas e Sergipe tamb�m participam do recadastramento nesta fase. Os eleitores da capital de S�o Paulo devem esperar algum tempo para a coleta das impress�es digitais. "� um osso duro de roer, tem que estudar bem", disse Lewandowski. A capital paulista tem mais de 8,4 milh�es de eleitores.

De acordo com o presidente do TSE, o recadastramento colocar� os eleitores como priorit�rios para o recebimento da identifica��o �nica, chamada de Registro de Identifica��o Civil (RIC), que substituir� v�rios outros documentos. Em Curitiba, foi montada uma grande estrutura na Central de Atendimento ao Eleitor para que seja poss�vel o recadastramento de at� 5 mil eleitores por dia. A fim de evitar filas, os eleitores foram orientados a seguir uma distribui��o baseada no m�s de nascimento.

Ficha Limpa

Na semana passada, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram que a Lei da Ficha Limpa n�o vale para as elei��es de 2010. Nesta segunda, quando falava dos avan�os tecnol�gicos no sistema eleitoral, Lewandowski foi questionado sobre o assunto e refor�ou seu ponto de vista, de que a lei deveria ter sido aplicada j� nas �ltimas elei��es. O ministro explicou que, al�m do avan�o tecnol�gico, a Justi�a tem procurado "afastar os maus pol�ticos de ocuparem cargos p�blicos".

O presidente do TSE disse ainda que, no tempo em que vigorou, sustentada pela Justi�a Eleitoral, a Lei da Ficha Limpa surtiu efeitos. "Primeiramente porque a popula��o discutiu profundamente, de forma muito vertical, os antecedentes dos candidatos, e, em segundo lugar, os pr�prios partidos pol�ticos fizeram uma triagem e eliminaram os candidatos que n�o tinham bons antecedentes", comentou.

Lewandowski ressaltou, ainda que, em alguns casos, os pr�prios candidatos que previam ser barrados renunciaram � candidatura ou sequer registraram-na. "Portanto, ela surtiu importantes efeitos durante sua vig�ncia. E eu creio que a cidadania brasileira espera que o Supremo confirme a sua constitucionalidade para as elei��es de 2012".