Encerrado o primeiro trimestre do mandato da presidente Dilma Rousseff, o retrato das contas p�blicas contraria o discurso feito por ela desde a �poca da campanha eleitoral. Os gastos com investimentos, que deveriam ser preservados dos cortes, ca�ram. J� as despesas com sal�rios, custeio da m�quina p�blica e da rotina do governo subiram. � justo o oposto do pregado no discurso oficial.
J� em investimentos, os gastos ca�ram pouco mais de R$ 300 milh�es na compara��o com 2010. Os dados foram lan�ados no Sistema Integrado de Administra��o Financeira (Siafi), que registra gastos federais, e foram pesquisados pela ONG Contas Abertas.
O governo diz que est� fazendo outra coisa. “Estamos cortando o custeio administrativo, n�o os investimentos”, disse Dilma Rousseff em mar�o, na Bahia, ao inaugurar uma obra do Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC).
O volume de investimentos previstos para este ano chega a R$ 63 7 bilh�es. Desse montante, apenas 6,19% passou pela primeira etapa burocr�tica do gasto p�blico, o chamado “empenho”, que � feito quando o governo compromete o dinheiro com o pagamento de alguma obra ou servi�o ainda em execu��o.