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Estado de Minas

Ap�s pol�mica envolvendo Lula, governo de MG bloqueia banco de provas

Ap�s partidos de oposi��o considerarem que quest�o de exame teria difamado Lula e o PT, governo de Minas tira do ar dados usados na elabora��o de testes, que passar�o por revis�o


postado em 08/04/2011 06:00 / atualizado em 08/04/2011 08:12

O banco de dados utilizado para elabora��o de provas da rede de ensino p�blico do estado de Minas Gerais ser� retirado do ar para revis�o. A decis�o foi tomada pela Secretaria de Estado da Educa��o depois de partidos de oposi��o reclamarem da inclus�o, em um exame do Programa de Avalia��o de Aprendizagem Escolar (PAAE) 2011, de quest�o de m�ltipla escolha mostrando charge em que o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva estaria distribuindo dinheiro a supostos parlamentares.

Conforme o teste, que pede uma an�lise da charge, a resposta correta seria a de que ela “sugere, ironicamente, uma rela��o entre os movimentos sindicais da d�cada de 1980 e o ‘mensal�o’, refletindo sobre o processo hist�rico que levou os mesmos personagens de uma luta pela valoriza��o do trabalhador � corrup��o pol�tica”. Lula come�ou sua trajet�ria pol�tica no sindicalismo. Ao tomar conhecimento da quest�o, aplicada a alunos do primeiro ano do ensino m�dio, partidos de oposi��o ao governador Antonio Augusto Anastasia (PSDB) na Assembleia divulgaram nota dizendo que, “como se trata de conduta caluniosa, a informa��o veiculada na pergunta e nas respostas, tidas como verdades hist�ricas, visa a impor uma vers�o unilateral, improv�vel, sobre determinados fatos, porque n�o h� nem sequer acusa��o formal a Lula”. A nota diz ainda que o governo trata o presidente Lula da forma “caluniosa”. 

Cronograma n�o muda

Com a decis�o de suspens�o do uso do banco de dados, que soma cerca de 56 mil quest�es, os professores ser�o obrigados a, como antigamente, formular as quest�es de cada prova. A Secretaria de Educa��o garantiu que os exames, tanto os da grade normal, como os do PAAE, feitos no in�cio e ao final de cada ano, ser�o aplicados normalmente.

O banco de dados foi montado por uma empresa terceirizada. A secretaria, no entanto, preferiu n�o divulgar o nome do fornecedor do material e assumiu toda a culpa pelo epis�dio. Conforme a assessoria da secretaria, a quest�o foi inclu�da no banco no per�odo entre 2007 e 2009 e, durante esses tr�s anos, n�o ocorreu uma revis�o do conte�do. A partir de 2010, tudo o que foi inclu�do no banco foi revisto. A secretaria diz ser praxe n�o utilizar quest�es que remetam a aspectos religiosos, ideol�gicos e raciais.

O professor de hist�ria Frederico Alves Pinho, 31 anos, contratado pela empresa que montou o banco de dados da Secretaria de Educa��o e autor da quest�o que gerou toda a pol�mica, contesta as cr�ticas feitas pelo PT mineiro e outros partidos da oposi��o. Segundo Frederico, o material foi elaborado em 2007 e n�o tinha como inten��o fazer qualquer ju�zo de valor negativo sobre o governo do ent�o presidente Lula. Conforme o professor, a nota do PT mineiro contestando a quest�o sugere que ela foi feita de maneira deliberada pelo governo tucano para difamar a imagem de Lula e dos petistas. “Isso n�o � verdade.”

Formado em hist�ria pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Frederico afirma n�o haver na quest�o “nenhuma inten��o subjacente a n�o ser fazer os alunos pensarem a respeito dos embates que existem na arena pol�tica”. Segundo o professor, a quest�o pede que seja feita uma an�lise da charge e tinha tudo a ver com o momento em que foi elaborada e publicada pela primeira vez em uma prova do PAAE. “A resposta n�o foi colocada como verdade hist�rica, mas ela � a melhor interpreta��o para a charge publicada”, defende Frederico. “Fui e sou eleitor do Partido dos Trabalhadores”, afirma.


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