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Estado de Minas

Henrique Meirelles nega interfer�ncia de Lula no Banco Central


postado em 18/04/2011 15:09 / atualizado em 18/04/2011 15:20



O ex-presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, negou, nesta segunda-feira, que o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva tenha vetado uma alta dos juros no final de seu governo, em dezembro de 2010. ''Aquilo n�o procede, e a autonomia do Banco Central � fato publico e not�rio durante todo aquele per�odo'', ressaltou.

A declara��o foi em resposta a uma reportagem do jornal O Globo, publicada neste domingo, que afirmava que Lula teria feito o pedido a Meirelles porque n�o queria a subida dos juros no fim de seu mandato.

Meirelles disse nesta que o aperto monet�rio promovido atualmente pelo pa�s para conter a alta da infla��o come�ou h� um ano, ainda em seu mandato.

''O aperto monet�rio na realidade come�ou em abril (de 2010). Subiram a taxa de juros e o compuls�rio banc�rio (dinheiro dos bancos retido no Banco Central)'', disse Meirelles, na confer�ncia Brazil Summit 2011, em Nova York. Foi a primeira palestra p�blica de Meirelles desde que deixou a presid�ncia do BC, ocupada por Alexandre Tombini desde janeiro.

Desde abril do ano passado, a taxa b�sica de juros (Selic) subiu tr�s pontos percentuais para o atual patamar de 11,75% ao ano, numa tentativa de conter a press�o inflacion�ria. Proje��es indicam que o aumento dos pre�os deve superar neste ano o centro da meta de infla��o, de 4,5%. A pr�xima reuni�o do Copom (Comit� de Pol�tica Monet�ria), que define a Selic, ocorrer� nesta semana, e analistas preveem um novo aumento da taxa b�sica para frear a infla��o.

Segundo Meirelles, ''� normal que apontem momentos em que o BC subiu juros excessivamente ou n�o cortou os juros suficientemente. � um debate normal. Mas o que interessa � o resultado. E o resultado � que, em oito anos (de perman�ncia de Meirelles na Presid�ncia) no BC, a infla��o sempre esteve em torno da meta. Portanto, o BC cumpriu a sua miss�o''.

Jogos Ol�mpicos, infraestrutura e c�mbio

Meirelles, indicado pela presidente Dilma Rousseff para presidir a Autoridade P�blica Ol�mpica, disse que os desafios do Brasil atual n�o s�o mais de curto prazo, relacionados a desequil�brios macroecon�micos, mas de longo prazo - como a falta de m�o-de-obra especializada e infraestrutura.

''Sua supera��o depende de um cons�rcio das administra��es da cidade do Rio de Janeiro, do Estado do Rio e do governo federal.''

Meirelles citou como exemplo a quantidade de quartos de hotel dispon�vel hoje, 25 mil, e o n�mero de jornalistas que se acredita que ir� se credenciar para a Olimp�ada, entre 29 mil e 31 mil. Ao mesmo tempo, ele falou dos desafios trazidos pelo fortalecimento do real, ressaltando que elementos como o c�mbio flutuante, as reservas elevadas e os fundamentos econ�micos “s�lidos” permitem fazer corre��es ''de maneira ordenada e natural'' na economia.

''O Brasil tem uma perspectiva de melhor uso de seus recursos naturais e (de) uma maior exporta��o de commodities e, ao mesmo tempo, um crescente mercado de consumo dom�stico. Tudo isso faz com que haja um fortalecimento da moeda'', disse.

"Isso tem um lado positivo - mostra que o Brasil tem capacidade de atrair investimentos e que as empresas brasileiras podem se modernizar -, mas uma economia excessivamente valorizada cria problemas de competitividade para a ind�stria. Se houver sobrevaloriza��o (na moeda), o tempo dir� e isso ser� inevitavelmente corrigido.''

Meirelles tamb�m comentou o papel do Fundo Monet�rio Internacional e suas novas pol�ticas, afirmando que o Brasil deve acompanhar com aten��o as mudan�as no �rg�o. ''O FMI est� mudando substancialmente. Hoje tem o papel de monitoramento de acompanhamento. No passado isso era feito apenas com os pa�ses devedores, (mas) agora vai ter que fazer o mesmo com pa�ses industrializados e desenvolvidos.''

''O FMI tamb�m tem o trabalho de analisar e deixar claro como ele v� a quest�o dos desequil�brios globais. O Brasil obviamente tem que olhar com muito cuidado medidas que possam diminuir a capacidade do pa�s de se proteger contra os desequil�brios'', completou o ex-presidente do BC.


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