O fatiamento dos temas adotado pelo governo tem o objetivo de evitar o atraso na vota��o do projeto, de forma que ele n�o fique parado no Legislativo. No entanto, at� a escolha dos temas que ser�o priorizados j� � vista como problema por deputados e senadores. “O governo est� consciente de que precisar� conversar tamb�m com os governadores, prefeitos e bancadas de cada estado separadamente. S�o muitos interesses divergentes no tema,e construir uma proposta que agrade � maioria � uma tarefa complexa, que deve ser discutida com muita tranquilidade. Na comiss�o, defendemos que outros pontos sejam inclu�dos no projeto de reforma, como as pol�ticas regionais de desenvolvimento”, pontua o deputado Luciano Moreira (PMDB-MA), integrante da Comiss�o de Finan�as e Tributos da C�mara.
“S�o mudan�as que tocam no interesse de empres�rios e banqueiros, indiretamente influenciando toda a sociedade. O que estamos tentando nas reuni�es � nivelar os entendimentos com o governo, apresentando nossas reclama��es e ideias. A quest�o tribut�ria � uma das mais importantes para o pa�s, mas ainda n�o existe um projeto avan�ado”, afirma o deputado M�rcio Reinaldo (PP-MG), que tamb�m faz parte da comiss�o.
A aus�ncia da progressividade tribut�ria, que garantiria que os mais ricos pagassem mais tributos que o mais pobres, foi questionada por representantes do movimento sindical. Segundo estudo do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), cerca de um ter�o dos parlamentares � dono ou s�cio de empresas ou fazendas, o que tornaria mais dif�cil a aprova��o de impostos progressivos.