O ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, informou nesta quinta-feira, em depoimento na Comiss�o de Seguran�a da C�mara, que n�o h� na Pol�cia Federal (PF) nenhum inqu�rito contra o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, ou sua empresa, a Projeto, suspeita de ter feito opera��o financeira irregular na compra de um im�vel de empresa que estava sob investiga��o policial. Segundo Cardozo, se houvesse algum tipo de suspeita nesse sentido, n�o caberia � PF investigar, porque o ministro tem foro privilegiado.
"N�o foi pedida nem dada qualquer informa��o espont�nea do ministro Palocci ao Coaf (Conselho de Atividades Financeiras). O que sei � que o ministro Palocci n�o est� sendo investigado nem sua empresa. N�o h� atipicidade que justificasse tal investiga��o contra o ministro Palocci. Mas se houvesse (alguma investiga��o) eu n�o poderia comentar, porque se trata de dados protegidos por sigilo banc�rio e eu n�o poderia cometer uma ilegalidade", afirmou Cardozo, ao responder ao deputado Fernando Francischini (PMDB-PR) sobre a manchete de hoje do jornal O Estado de S. Paulo, de que o neg�cio feito pela empresa de Palocci (compra de im�vel) � suspeito, segundo o Coaf. "N�o h� nem houve qualquer pedido sobre movimenta��es at�picas do ministro Palocci ou de sua empresas", repetiu o ministro. "Ele (Palocci) � meu amigo, companheiro de partido a quem eu prezo muito, mas se tivesse algo criminoso que o desabonasse eu n�o o pouparia, como jamais poupei quem comete irregularidades", afirmou. Cardozo se defendeu tamb�m de ter uma empresa de consultoria em seu nome, como o ministro da Casa Civil. "Se eu tivesse ganhos leg�timos como acredito que foram os do ministro Palocci, n�o haveria nenhum problema. Mas infelizmente n�o tive esses ganhos. Eu talvez tamb�m se tivesse (ganhos) teria comprado um apartamento como o do ministro", afirmou. Segundo Cardozo, n�o � criminoso nem ilegal ter uma empresa de consultoria. Ele explicou ainda a cita��o do seu nome entre os cinco ministros do governo Dilma que t�m empresa de consultoria. Cardozo disse que a empresa dele foi criada em 1997, em sociedade com o pai, quando era vereador em S�o Paulo, exclusivamente para dar aulas, palestras e semin�rios. E afirmou que nem ele e nem o pai prestaram consultorias.