Aumenta press�o da oposi��o contra Palocci no Senado

A revela��o de que o Banco Santander contratou os servi�os da Projeto, consultoria do ministro Antonio Palocci, aumentou a press�o de parlamentares da oposi��o sobre o ministro-chefe da Casa Civil. O presidente do DEM, senador Jos� Agripino (RN), afirmou hoje que a resist�ncia do ministro em comparecer ao Congresso para se explicar s� aumentam as d�vidas quanto aos procedimentos que resultaram na multiplica��o de seu patrim�nio em mais de 20 vezes, em quatro anos.

"� esse tipo de suspeita que determina a absoluta, a imperiosa necessidade de Palocci vir se explicar para sabermos se estamos diante de coisas licitas ou il�citas", alega. O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) entende que a comprova��o de mais um cliente, como revelou hoje o jornal O Estado de S. Paulo, torna "insustent�vel" a situa��o do ministro, cuja perman�ncia no governo, na sua opini�o, al�m de "enfraquecer" a presidente Dilma Rousseff, deu um tom de final de mandato � sua gest�o. "O governo est� paralisado, se fosse no final ainda se entenderia. Mas Lula assumiu de fato a administra��o e a situa��o de Dilma s� se complica, ficando ref�m da chantagem de seus aliados", afirma Jarbas. O senador v� Palocci como um pol�tico "que tem atra��o por coisas enroladas". "� uma atra��o que vem l� de tr�s", aponta, lembrando sua liga��o com o grupo de Ribeir�o Preto. E, como Agripino, o senador reitera que o ministro-chefe da Casa Civil n�o pode continuar sem dar explica��es concretas ao Congresso sobre o seu enriquecimento. "Sua consultoria tem liga��o direta com o governo, � uma arruma��o, uma liga��o aberta, a situa��o dele continua insustent�vel, mas a teimosia leva o PT a tentar blind�-lo". Para Jarbas, a liga��o do ministro com o banco "� uma den�ncia junto a outras igualmente graves que n�o foram esclarecidas". J� o presidente dos Democratas lembra que Palocci resiste a divulgar o nome de seus clientes e sobre os servi�os pelos quais teria recebido pagamento. "� esse tipo de den�ncia, sua liga��o com uma empresa parceira do governo, que refor�am as suspeitas contra Palocci e ele se recusa a dar esclarecimentos". Agripino afirma que, mesmo n�o querendo fazer ju�zo de valor, o ministro deixa rastro para "in�meras ila��es".