A nova ministra de Rela��es Institucionais, Ideli Salvatti (PT-SC), nem sequer esquentou a cadeira de coordenadora pol�tica do Pal�cio do Planalto e j� tem de lidar com cobran�as do PMDB. Oriunda do Senado, mant�m boas rela��es com Jos� Sarney (PMDB-AP) e Renan Calheiros (PMDB-AL), mas ainda n�o tem interlocu��o com os deputados e precisa dar prioridade �s conversas com a C�mara. Essa � a avalia��o do l�der do partido na Casa, Henrique Eduardo Alves (RN).
A ministra, que toma posse hoje �s 15h no Pal�cio do Planalto, ao lado de seu antecessor Luiz S�rgio, que a substitui na pasta da Pesca, j� tem uma conversa marcada com o l�der do governo, C�ndido Vaccarezza (PT-SP), logo depois da cerim�nia. Na pauta, tomar p� dos problemas que levaram os deputados petistas a travarem uma batalha em busca de influ�ncia no governo, levantar as demandas dos outros partidos e se preparar para vota��es espinhosas.
Mas primeiro Ideli deve dedicar-se a for�ar os deputados correligion�rios a refazerem as pontes entre si. A tarefa de acabar com as arestas do PT da C�mara � comandada pelo presidente do partido, Rui Falc�o, mas tem o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva como protagonista. Falc�o vai a Bras�lia amanh� para tocar as negocia��es. A disputa protagonizada por Marco Maia (RS), presidente da C�mara; C�ndido Vaccarezza e Paulo Teixeira (SP) diminuiu na semana passada quando os tr�s se encontraram para afinar posi��es e quebrar o gelo. A disputa, no entanto, ainda � latente.
Vaccarezza evitou dizer o que pretende tratar na conversa. “Vamos deix�-la tomar posse primeiro”, afirmou. O primeiro teste ser� vota��es de medidas provis�rias que est�o na pauta da C�mara esta semana. A mais dif�cil � a que cria a Secretaria de Avia��o Civil e traz como penduricalho emenda que institui o regime especial de licita��o para obras das Olimp�adas 2016 e dos aeroportos da Copa de 2014.
Vota��o
� a quarta tentativa do governo de incluir a flexibiliza��o da lei da concorr�ncia em uma medida provis�ria. At� agora, os partidos de oposi��o est�o se saindo bem para evitar a vota��o. Vaccarezza acredita que as dificuldades se repetir�o. “A oposi��o sempre vai fazer barulho, mas desta vez n�o tem jeito, � para o bem do pa�s e precisa ser feito”, afirmou. A MP deve ser votada depois de aprovada a medida que abre cr�dito de R$ 55 bilh�es ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES).
Para melhorar a rela��o do Pal�cio do Planalto com o Congresso, estremecida com a crise envolvendo o ex-ministro Antonio Palocci, os parlamentares governistas esperam que Ideli crie um conselho pol�tico pr�prio que sirva de f�rum permanente de consulta de deputados e senadores. � reboque da agenda da presidente Dilma, a ministra participar� dos dois encontros com as bancadas de senadores do PP e do PR previstos para esta semana. Apesar da cobran�a do PMDB, Henrique Alves disse que a bancada na C�mara contribuir� com as iniciativas da nova ministra. “A disposi��o � a melhor poss�vel. Somos governo e n�o apenas aliados”, afirmou Alves.