postado em 29/06/2011 17:37 / atualizado em 29/06/2011 17:50
(foto: Leonardo Prado)
O Conselho de �tica e Decoro Parlamentar da C�mara rejeitou, por 10 votos a 7, a abertura de processo disciplinar contra o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ). O processo foi instaurado h� duas semanas. O colegiado derrubou hoje o parecer preliminar de S�rgio Brito (PSC-BA) que defendia a abertura de investiga��o.
A decis�o dos conselheiros foi de que n�o se poderia aceitar a representa��o feita pelo PSOL. O partido pediu a abertura de um processo contra Bolsonaro por ele ter discutido com a senadora Marinor Brito (PSOL-PA) e por ter classificado de "promiscuidade" a possibilidade de um filho seu ter relacionamento com uma mulher negra, em entrevista ao programa CQC, da TV Bandeirantes.
Em seu relat�rio, S�rgio Brito defendia a abertura de processo para que se investigasse se Bolsonaro cometeu "abuso de prerrogativa parlamentar". Os deputados do Conselho, no entanto, entenderam que n�o se pode punir um parlamentar com base em suas opini�es.
Bolsonaro participou da reuni�o. Ele classificou como "lixo" a acusa��o contra ele. "� revoltante e me d� asco ser representado por quest�es como essa." O deputado voltou a fazer ataques contra o kit anti-homofobia, que foi preparado pelo Minist�rio da Educa��o por�m nem chegou a ser distribu�do. O parlamentar concluiu sua exposi��o fazendo novo ataque a homossexuais. "Sou parlamentar com p� mai�sculo e n�o com ag� min�sculo de homossexual."
O l�der do PSOL, Chico Alencar (RJ), rebateu as cr�ticas de Bolsonaro. "Ele tem verdadeira obsess�o com homoafetivos", disse. Alencar afirmou que Bolsonaro tem "�dio � diferen�a". O deputado Jean Willys (PSOL-RJ), homossexual assumido, tamb�m discursou. Ele afirmou que a liberdade de express�o n�o pode ser usada para ferir a dignidade alheia e tamb�m atacou Bolsonaro por ele evitar comentar a acusa��o de racismo devido � entrevista ao CQC. "Sou homossexual com ag� mai�sculo de homem, mais homem que o senhor, que fugiu da acusa��o de racismo porque racismo � crime e se refugiou na homofobia."
O deputado do PP reafirmou que n�o entendeu a pergunta sobre racismo. Ele destacou que a entrevista foi feita por meio de uma tela de computador. Bolsonaro destacou que a pergunta foi feita por Preta Gil. "Ela � prom�scua, foi isso que eu respondi."