Lula destacou que chegou ao fim o per�odo de afastamento volunt�rio do cen�rio pol�tico que ajudou na consolida��o da presidenta Dilma Rousseff � frente do comando do pa�s. “Eu disse, no in�cio do ano, que ia entrar em um processo de desencarna��o, para poder permitir a encarna��o da presidenta Dilma.”
O ex-presidente adiantou que as suas a��es ser�o voltadas � busca de solu��es para os problemas sociais. “Embora n�o seja mais presidente, sou cidad�o brasileiro. Como cidad�o brasileiro, serei o lobista n�mero 1 das causas sociais. Quem tiver um problema social pode me contar que farei lobby com o Gilberto Carvalho [ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presid�ncia] e com a presidenta Dilma Rousseff para que a gente possa resolver isso”, disse, enquanto caminhava na beirada do palco, cumprimentando os sindicalistas que se esfor�avam para fotograf�-lo.
Ao falar sobre o seu governo, Lula voltou a usar um de seus bord�es mais famosos. “Nunca antes na hist�ria deste pa�s houve um presidente que tratou os trabalhadores com o respeito que eu tratei, que recebeu as centrais sindicais a quantidade de vezes que eu recebi.” Segundo ele, somente os sindicatos “muito pelegos” n�o conseguiram aumentos reais de sal�rio para as categorias que defendem.
Ele tamb�m destacou as pol�ticas voltadas especialmente �s popula��es menos favorecidas como uma marca de seu governo. Lula se autodenominou o “presidente de todos”, mas com um “olhar meio vesgo para os pobres”. Isso, assinalou, � resultado de sua origem humilde. “� muito importante que voc� tenha compromisso e n�o esque�a da onde voc� veio, para onde voc� vai voltar e de que lado voc� est�.”
Para ele, as parcelas mais abastadas da sociedade n�o compreendem a import�ncia dos programas sociais de distribui��o de renda, como o Bolsa Fam�lia. “Os ricos n�o sabem o que significa R$ 100 na m�o de uma mulher pobre.”
Lula voltou a culpar as economias mais desenvolvidas pela crise financeira internacional que ainda prejudica pa�ses como Espanha e Gr�cia. “A gente n�o pode permitir que a crise dos outros venha causar preju�zos ao nosso pa�s. Por isso, a presidenta Dilma est� preocupada em fazer uma pol�tica industrial para que gente possa tornar as empresas brasileiras mais competitivas.”