Quando foi diretor-geral do Departamento Aut�nomo de Estradas de Rodagem (Daer) do Rio Grande do Sul, o atual diretor de Infraestrutura Rodovi�ria do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Hideraldo Caron, teve as contas consideradas irregulares pelo Tribunal de Contas do Estado por tr�s anos seguidos, de 1999 a 2001. Caron � um dos poucos diretores do Dnit que foi indicado pelo PT e n�o pelo PR, que comandava a pasta at� o in�cio deste m�s.
Desde o julgamento das contas, ocorrido entre 2004 e 2005, Caron luta na Justi�a para se livrar de multas e ressarcimentos impostos pelo �rg�o, num total de R$ 255 mil. O processo de tomada de contas de 1999 apontou, entre outras falhas, diverg�ncia entre o valor cont�bil da d�vida e seu montante efetivo; aus�ncia de informa��es quanto ao valor dos processos trabalhistas em fase final; servidores em atividades distintas dos cargos ocupados, e prorroga��o de contrato extinto.
Al�m de emitir advert�ncia pedindo a corre��o das falhas, o �rg�o aplicou multa de R$ 1,5 mil e condenou o administrador a repor R$ 261,16 aos cofres p�blicos pelo pagamento a maior que teria feito de di�rias. Em 2000, o TCE imp�s a Caron outra multa de R$ 1,5 mil e a cobran�a de R$ 226,4 mil por falhas que identificou como “pagamento excessivo de loca��o de ve�culos, pagamento a maior de di�rias, concess�o de aumento a servidores em porcentual indevido e n�o aplica��o de multa contratual prevista”, entre outras.
Em 2001, o �rg�o aplicou mais uma multa de R$ 1,5 mil e fixou d�bito de R$ 23,9 mil ao diretor do Daer. Algumas irregularidades apontadas indicaram pagamentos indevidos a dois diretores que acumularam remunera��o dos cargos de origem com os vencimentos b�sicos de dirigentes, aus�ncia de contabiliza��o de d�vidas relativas a precat�rios e deteriora��o precoce de trechos da rodovia RS 425.
A reportagem pediu explica��es a Caron pela assessoria de imprensa do Dnit, mas n�o obteve resposta at� o fechamento da edi��o. O ex-diretor-geral do Daer pagou parte das multas e levou o restante da discuss�o � Justi�a estadual, onde os processos ainda n�o foram conclu�dos.