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Estado de Minas

Entidade avalia demora para execu��o de obras para a Copa no Brasil

Para o presidente da Cbic, o Brasil n�o tem mais tempo h�bil para executar projetos para a Copa do Mundo e terminar� apelando para improvisos que n�o acabar�o com os gargalos


postado em 20/07/2011 06:00 / atualizado em 20/07/2011 07:58


Representante das principais empreiteiras do pa�s, a C�mara Brasileira da Ind�stria da Constru��o (Cbic) diz que o Brasil perdeu o tempo da Copa do Mundo 2014 e que as obras de infraestrutura n�o sair�o do papel. Para o presidente da entidade, Paulo Safady Sim�o, “puxadinhos” ser�o improvisados para dar ares de obra feita. “� claro que vamos passar vergonha diante dos turistas”, comentou. Em palestra ontem, em Belo Horizonte, ele afirmou ainda que nem mesmo o novo modelo de contrata��es, � espera da san��o da presidente Dilma Rousseff (PT), cumprir� o objetivo de acelerar as obras. Para ele, o sistema criar� mais um problema: “O Regime Diferenciado de Contrata��es � um campo aberto � corrup��o”.

"Do ponto de vista de legado, morreu. N�o tem mais o que fazer. A iniciativa privada n�o vai abra�ar causa perdida" - Paulo Safady Sim�o, presidente da Cbic (foto: Marcos Vieira/em/d.a press - 30/10/06 )
“Do ponto de vista de legado, morreu. N�o tem mais o que fazer”, disse Sim�o, em rela��o � Copa do Mundo, acrescentando que “a iniciativa privada n�o vai abra�ar causa perdida”. Para ele, o governo federal demorou para se mobilizar e estimular empreendedores. Entre os principais gargalos estar�o os aeroportos. “V�o fazer um ‘puxadinho’ no aeroporto internacional de Confins, que precisava de um novo terminal. Os turistas s� v�o constatar uma coisa que j� sabemos: os terminais n�o t�m estrutura para receb�-los”, afirmou Sim�o.

Presente na palestra de Sim�o, a gerente de atra��o de investimentos e turismo do Comit� Executivo da Copa em BH, Stella Kleinrath, destacou que a cidade est� adiantada nas obras, citando a reforma do Mineir�o, a duplica��o Avenida Ant�nio Carlos e a constru��o de 12 hot�is. Mas, para Sim�o, grandes problemas continuar�o sem solu��o: a expans�o do aeroporto de Confins e a do metr�. “A Copa do Mundo vai se resumir a grandes arenas e a um sistema de comunica��o perfeito, que � o interesse da Federa��o Internacional de Futebol (Fifa)”, disse.

RDC Sob o argumento de acelerar as obras da Copa do Mundo’2014, o governo pressionou o Congresso pela r�pida aprova��o do RDC. Entre outras regras, o sistema autoriza o governo a n�o revelar o custo estimado das obras aos participantes da licita��o. Enquanto o Executivo defende que as novidades evitar�o “conluio” entre empresas, a Cbic diz que a medida acaba com a transpar�ncia nas contrata��es. “Se voc� faz op��o por ocultar os pre�os, voc� est� querendo dizer que algu�m vai sair beneficiado com alguma informa��o que vazar”, argumenta Sim�o.

Ele desaprova tamb�m o item que permite preg�o para contrata��es. “� um absurdo, porque o governo est� criando um risco muito grande de ter obra inacabada. Se o administrador p�blico faz or�amento de R$ 100 mil por uma obra e uma empresa oferece R$ 80 mil por ela, ser� escolhido o menor pre�o. Mas quem garante que n�o haver� queda de qualidade ou at� mesmo abandono da obra? Nenhum administrador vai ter peito para bancar obra mais cara", diz o presidente da Cbic. Ele esteve na Associa��o Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas) para falar sobre o Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC). O presidente da ACMinas, Roberto Fagundes, afirmou que “o PAC praticamente n�o chegou ao estado”, disse.

Saiba mais

O que � o RDC


Inclu�do na Medida Provis�ria 527, o Regime Diferenciado de Contrata��o (RDC) � uma op��o para as prefeituras, governos estaduais e a Uni�o usarem quando se tratar de uma obra destinada � Copa do Mundo de 2014 ou �s Olimp�adas de 2016, no Rio de Janeiro. A principal inova��o � a cria��o da “contrata��o integrada”. A empresa contratada � respons�vel pelos projetos b�sico e executivo e a constru��o. A obra deve ser entregue � administra��o p�blica pronta para uso. Trocando em mi�dos, o governo entrega apenas um “anteprojeto de engenharia” �s empresas licitantes. A administra��o far� um or�amento interno, mantido em sigilo at� o fim da licita��o, usando valores estimados com base em pre�os de mercado ou j� pagos em contrata��es semelhantes ou calculados de acordo com outras metodologias. O or�amento sigiloso ficar� em poder dos �rg�o de controle o tempo todo, mas s� ser� revelado � sociedade ap�s a licita��o.


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