Militares atuavam em conluio com rede de empres�rios e laranjas

Bras�lia – A organiza��o criminosa envolvendo militares acusada de fraudes em obras atuava em conluio com uma rede de empres�rios e laranjas. Segundo a den�ncia da Procuradoria Militar, um coronel tinha contato direto com dirigentes do Dnit e precisava de algu�m de confian�a e que tivesse conhecimento administrativo. Conseguiu, ent�o, autoriza��o para a libera��o do capit�o. Os dois aproveitaram a rela��o com dois empres�rios, que criaram seis empresas, para atender os conv�nios.

“Isso obviamente n�o foi por acaso, eis que Marcelo e Edson (os empres�rios) eram s�cios de empresas que forneciam bens e servi�os, principalmente no per�odo em que o major Washington era chefe do setor de materiais (almoxarife), considerando-se ainda que este oficial � concunhado de Edson”, aponta den�ncia do Minist�rio P�blico, completando que o relacionamento deles n�o era estritamente pessoal. As empresas por eles constitu�das eram formadas por pessoas humildes, de baixo n�vel de escolaridade e com pequena renda familiar, inclusive moradores de �reas carentes e de risco. A den�ncia foi recebida pela Justi�a Militar, que autorizou o sequestro de bens de 10 dos 15 denunciados. A evolu��o patrimonial do grupo era incompat�vel com a renda.

Pelos ares

No aeroporto de S�o Gon�alo do Amarante, no Rio Grande do Norte, as obras est�o sendo realizadas pelo 1º Batalh�o em conv�nio com a Infraero. J� foram investidos R$ 250 milh�es em projetos de terraplanagem, pista de pouso, taxiway e p�tio de aeronaves. O TCU apontou problemas nos pre�os dos materiais e nos contratos. A Infraero afirma que as readequa��es de pre�os j� foram feitas. Desde o ano passado, inqu�ritos est�o em andamento para apurar as irregularidades. No estado, o Minist�rio P�blico Federal abriu inqu�rito para apurar a forma��o de caixa 2, o uso pessoal das m�quinas e at� mesmo o aluguel do maquin�rio das opera��es do Ex�rcito.