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Estado de Minas

Com o aval de Lula, candidatura de Haddad ganha for�a em SP


postado em 29/07/2011 19:00 / atualizado em 29/07/2011 19:07

Em meio ao debate sobre as pr�vias para a escolha do candidato do PT � sucess�o municipal de S�o Paulo, caciques do partido j� descartam a candidatura do ministro da Ci�ncia e Tecnologia, Aloizio Mercadante, e preveem uma queda de bra�o entre a senadora Marta Suplicy e o ministro da Educa��o, Fernando Haddad. Lideran�as petistas avaliam que, entre a experi�ncia pol�tica da senadora e o ar renovador do ministro, o que vai prevalecer no final � a indica��o do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. "O Lula tem muita influ�ncia no PT, ele n�o precisa se impor. Se o Lula quiser, quiser mesmo, ser� o Haddad. O Mercadante tem muita liga��o com o Lula e se o Lula quiser o Haddad, o Mercadante n�o ser� candidato", disse um l�der do diret�rio municipal.

Nas contas das lideran�as petistas, Mercadante teria o apoio majorit�rio da bancada municipal caso tivesse interesse em disputar a indica��o com os outros pr�-candidatos da sigla. No entanto, o desempenho de Mercadante no Minist�rio da Ci�ncia e Tecnologia tem agradado � presidente Dilma Rousseff, que j� pediu para que ele permane�a na pasta. "A presidente tem elogiado bastante o trabalho do ministro Aloizio Mercadante, o que n�o deve lev�-lo a entrar na disputa", revelou um cacique do diret�rio estadual. "Como ministro, ele est� cada dia mais empolgado", contou um aliado pr�ximo do ministro. Embora tenha dado sinais de que continuar� em Bras�lia, Mercadante n�o est� oficialmente fora do embate. "O nome dele sempre ser� lembrado neste processo", ressaltou o deputado federal Paulo Teixeira, l�der da bancada do PT na C�mara.

Incomodado com a discuss�o em torno da realiza��o das pr�vias, Teixeira defende que a escolha do candidato petista seja por meio de consenso. "Essa � uma discuss�o fora de prop�sito. Temos de ter um entendimento para a constru��o dos crit�rios (de escolha)", afirmou o deputado. Como l�der da bancada, Teixeira diz n�o ter prefer�ncias, uma vez que tr�s postulantes est�o em sua base: os deputados Carlos Zarattini, Arlindo Chinaglia e Jilmar Tatto. No entanto, ao ser questionado sobre a inexperi�ncia de Haddad, Teixeira rasgou elogios ao ministro e destacou sua visibilidade nos governos Lula e Dilma. Em sua opini�o, seu trabalho no Minist�rio da Educa��o o credencia para a disputa. "Ele tem dois grandes professores: Lula e Dilma. A inexperi�ncia n�o � a maior dificuldade."

Mesmo com Marta insistindo na candidatura, nos bastidores cresce a convic��o de que o PT precisa de um nome novo. O discurso oficial � de que o partido disp�e "dos melhores nomes para administrar S�o Paulo", mas muitos n�o escondem a insatisfa��o com a obsess�o da senadora e s� n�o se exp�em publicamente para n�o se indispor com a petista. "Vamos tentar evitar a pr�via", avisou um vereador. A expectativa � de que Marta retire sua candidatura e abra caminho para um entendimento com os outros pr�-candidatos, incluindo o senador Eduardo Suplicy, que j� colocou seu nome � disposi��o do partido.

"Eu acho que, se a Marta Suplicy n�o retirar a candidatura, dificilmente o Fernando Haddad entra na disputa, pois ele n�o teria for�a nas bases do partido", avaliou um deputado federal. Caso Marta mantenha sua posi��o, o partido pode chegar a um impasse. "A chance do Haddad seria no entendimento e eu acho que no atual cen�rio, � dif�cil ocorrer um acordo", emendou o parlamentar.

Tutoria

Antes de sair em f�rias, o ministro Fernando Haddad recebeu em Bras�lia a visita do presidente do PT em S�o Paulo, deputado estadual Edinho Silva, e do prefeito de S�o Bernardo do Campo, Luiz Marinho, para discutir sua pr�-candidatura. Como o ex-presidente Lula, que � o padrinho pol�tico do ministro, n�o ter� muito tempo para prepar�-lo para o palanque, tudo indica que o Marinho ser� incumbido desta fun��o, fazendo com Haddad o que Lula fez com Dilma.

Amigos de longa data, o ex-presidente e o prefeito est�o mais pr�ximos do que nunca. Lula tem conversado com o amigo pelo menos uma vez por semana. Foi o prefeito da cidade do ABC paulista quem articulou o encontro de Lula com prefeitos de S�o Paulo, realizado em abril na cidade de Osasco.

Sempre que Lula tem uma brecha em sua agenda de viagens, Marinho inclui o ex-presidente nos eventos de S�o Bernardo. O �ltimo aconteceu em junho, na aula-espet�culo do escritor Ariano Suassuna. O pr�ximo evento acontecer� em agosto, na Feira Liter�ria da cidade, reunindo Lula e Haddad. "O Haddad tem sido um �timo ministro e pode crescer com o apoio do Lula, obtendo apoio da maioria no partido", avaliou um dirigente municipal. "A candidatura de Fernando Haddad tem ganhado for�a entre as lideran�as petistas, que veem a possibilidade dele vencer os tucanos na capital paulista", vislumbrou um deputado estadual.

O fato � que o apadrinhamento de Lula fez com que os petistas passassem a ver o ministro da Educa��o com outros olhos. "Tem que se levar em considera��o as sugest�es do presidente Lula", enfatizou um membro do diret�rio municipal. "Definir como crit�rio experi�ncia em disputa eleitoral n�o resolve", ponderou Paulo Teixeira. "Haddad � um nome muito preparado", emendou o deputado. "� dif�cil que um nome se viabilize como candidato sem o apoio da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva", refor�ou um dos petistas entusiastas da candidatura de Fernando Haddad.


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