Dirceu nega que "faxina" nos minist�rios tenha causado instabilidade no governo de Dilma

O ex-ministro petista Jos� Dirceu negou nesta sexta-feira que a "faxina" em minist�rios envolvidos em den�ncias de corrup��o, como Transportes e Turismo, tenha causado instabilidade no governo da presidente Dilma Rousseff ou rebeli�o na base aliada. Apesar de aliados do governo terem impedido vota��es na C�mara ontem, o principal respons�vel pela articula��o pol�tica no primeiro mandato do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva avalia que � preciso apenas "reorganizar" a alian�a entre PT e PMDB, maiores partidos da base, para que o Planalto volte a aprovar projetos de seu interesse no Congresso.

"Se PT e PMDB se entendem, os outros partidos como PCdoB, PSB, PR voc� coesiona. Acho que n�o h� risco de o governo ficar sem maioria", afirmou, em encontro com aliados em Contagem (MG). "Quando h� problemas na base temos que sentar, discutir e resolver. Para isso tem os ministros respons�veis pela situa��o pol�tica", acrescentou, citando a chefe da pasta de Rela��es Institucionais, Ideli Salvatti.

A "repactua��o" com os aliados foi um conselho de Lula � presidente para evitar uma crise governabilidade. Mas, apesar das obstru��es de vota��es na C�mara, Dirceu n�o v� "instabilidade pol�tica" no governo nem possibilidade de o Executivo ficar sem apoio no Congresso. "N�o podemos misturar. Teve problemas no Minist�rio dos Transportes, o ministro Ant�nio Palocci teve que sair do governo. Isso � fato. H� den�ncias de conv�nios que s�o investigados. O que n�o pode � transformar isso numa crise pol�tica, (nem dizer) que o governo vai perder maioria, porque n�o condiz com a realidade", sentenciou.

Para o ex-ministro, "sempre vai existir" a cobran�a por cargos, libera��o de emendas parlamentares e atritos pontuais com partidos aliados, mas ele n�o v� risco de uma grande rebeli�o na base porque, na sua opini�o, os aliados n�o discordam do programa de governo de uma forma geral. "Est�o divergindo por pol�ticas determinadas que podem ser resolvidas. Eu n�o me preocupo com isso", disse.