O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), discordou da avalia��o de que a presidente Dilma Rousseff tenha dispensado tratamentos diferentes ao PR e ao PMDB em rela��o �s recentes den�ncias de corrup��o na Esplanada dos Minist�rios. Wagner afirmou que Dilma simplesmente "fez ajustes" na maneira de reagir aos casos que envolveram o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, do PR, e o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, do PMDB. "Dilma tem um grau de intoler�ncia alt�ssimo com o malfeito (corrup��o). O que ela pode ter feito, depois do primeiro epis�dio, � a pondera��o na forma de agir", disse o governador, classificando a diferen�a de atua��o da presidente na 'faxina' realizada em seu minist�rio como 'um ajuste de conduta'.
Para o governador baiano, "todos concordavam" que Alfredo Nascimento deveria mesmo deixar o cargo, ap�s as den�ncias, mas considerou que essa transi��o poderia ter sido menos traum�tica. Questionado sobre a diferen�a de atua��o do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva para a da presidente Dilma nesses casos, Wagner afirmou: "O ex-presidente Lula tamb�m enfrentou muitos casos de corrup��o e, talvez, ele tenha sido mais compreensivo com o g�nero humano, o que n�o quer dizer que tenha sido conivente com a corrup��o. J� a presidente Dilma, por sua vez, tem um estilo mais duro (de agir), at� mesmo porque enfrentou mais dificuldades no in�cio de sua gest�o, por conta dos cortes or�ament�rios. E toda vez que h� uma restri��o or�ament�ria, o mundo da pol�tica n�o fica feliz." E brincou: "Eu tamb�m fiz cortes (or�ament�rios) h� sete meses e, por conta disso, est� cheio de prefeitos dizendo que n�o sou t�o bonito quanto eu era e h� muitos deputados arretados comigo."
Ao comentar as perspectivas para as elei��es presidenciais de 2014, Wagner disse contar com a candidatura de Dilma Rousseff � reelei��o. Segundo ele, tendo sucesso no governo, s� uma possibilidade n�o a levaria � disputa novamente: a vontade pr�pria de n�o ser candidata. Neste caso, o governador diz que a op��o para o PT seria a volta do ex-presidente Lula. "E digo o seguinte: se ela n�o quiser, estou na fila", afirmou, bem-humorado. Wagner afirmou, no entanto, que atua politicamente com o foco na candidatura de Dilma em 2014.