Uma crise sem precedentes se instaurou nesta ter�a-feira no Conselho Nacional de Justi�a (CNJ). Declara��es da corregedora, Eliana Calmon, afirmando haver hoje "bandidos de toga" no Judici�rio levaram o presidente do CNJ, Cezar Peluso, a exigir a publica��o de nota oficial contra as afirma��es. O texto foi lido na sess�o desta manh�, pelo pr�prio Peluso, e na presen�a da corregedora, mas o nome de Eliana Calmon n�o foi citado na nota.
Na nota, o CNJ "repudia veementemente acusa��es levianas e que sem identificar pessoas nem propiciar qualquer defesa lan�am sem prova d�vidas sobre a honra de milhares de ju�zes que diariamente se dedicam ao of�cio de julgar com imparcialidade e honestidade".
A divulga��o da nota oficial foi decidida em reuni�o a portas fechadas hoje pela manh�. Conselheiros relataram que o clima foi tenso e que houve acusa��es em voz alta durante a reuni�o que durou mais de uma nora. Peluso teria, de acordo com esses conselheiros, exigido a publica��o de uma nota oficial em rep�dio �s declara��es.
Na entrevista � Associa��o Paulista de Jornais (APJ), a ministra afirmou haver ju�zes bandidos infiltrados no Judici�rio. "Acho que � o primeiro caminho para a impunidade da magistratura, que hoje est� com grav�ssimos problemas de infiltra��o de bandidos que est�o escondidos atr�s da toga", afirmou.
E ainda afirmou que o presidente do CNJ, por ter vindo do Tribunal de Justi�a de S�o Paulo, seria refrat�rio �s inspe��es da corregedoria. "Sabe que dia eu vou inspecionar S�o Paulo? No dia em que o sargento Garcia prender o Zorro. � um Tribunal de Justi�a fechado, refrat�rio a qualquer a��o do CNJ e o presidente do Supremo Tribunal Federal � paulista", disse a ministra.