Ao retornar � Assembleia legislativa de SP, ap�s estourar o esc�ndalo de um suposto esquema de venda de emendas parlamentares na Casa, o deputado Roque Barbiere (PTB) comparou a atividade dos parlamentares � de um camel�. “Isso � igual a camel�. Cada um vende de um jeito”. E prosseguiu dizendo que “cada um tem uma maneira, cada um tem um pre�o”.
Barbiere sustentou que, em duas audi�ncias separadas, “h� coisa de quatro meses”, alertou o secret�rio de Planejamento, Emanuel Fernandes, e a subsecret�ria de Assuntos Parlamentares da Casa Civil, Delegada Rose, sobre poss�veis irregularidades na destina��o de emendas.
O deputado, que � de Birigui, usava S�o Jos� dos Campos como exemplo por ser a cidade de Emanuel. Na segunda-feira, O Estado de S. Paulo revelou que o deputado Gilmaci Santos (PRB) destinou oito emendas parlamentares a munic�pios do noroeste paulista, onde n�o tem votos. Todas elas est�o dentro do limite de R$ 150 mil dentro do qual n�o � necess�ria licita��o. Todas eram para pagar a mesma empreiteira.
O piv� das acusa��es d� mostras de ter recuado na inten��o de contar quais deputados estariam vendendo emendas. Disse que mandar� por escrito, ao conselho de �tica da Assembleia, as suas manifesta��es, e que n�o citar� nenhum nome.
No entanto, sustenta que poder� contar um malfeito espec�fico ao Minist�rio P�blico. Indagado se o caso envolvia parlamentares ou ex-parlamentares, devolveu: “Ambos.” Durante a entrevista, de meia hora, Barbiere afirmou que a pr�tica de venda de emendas � muito antiga na Casa. “Estou contando hist�rias de 20 anos. Tem gente at� que j� morreu”.