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Estado de Minas

Dilma confirma que passa a ter papel relevante nas discuss�es sobre os rumos da pol�tica e da economia mundiais

Presidente Dilma Rousseff confirma em sua viagem � Europa que passa a ter papel relevante nas discuss�es sobre os rumos da pol�tica e da economia mundiais. Mas ter� outros desafios pela frente


postado em 06/10/2011 06:00 / atualizado em 06/10/2011 07:58

Dilma posa para fotos com brasileiros em Sófia, sob os olhares do presidente da Bulgária, Georgi Parvanov(foto: Roberto Stuckert Filho/PR)
Dilma posa para fotos com brasileiros em S�fia, sob os olhares do presidente da Bulg�ria, Georgi Parvanov (foto: Roberto Stuckert Filho/PR)


S�fia
– Sucessora de dois presidentes com relev�ncia internacional indiscut�vel, Dilma Rousseff conquista a cada dia densidade pol�tica global. Essa transforma��o avan�ou muito no m�s passado, na abertura da Assembleia Geral das Na��es Unidas (ONU), em Nova York. Nesta semana, por�m, Dilma foi a grande convidada da V C�pula Brasil Uni�o Europeia. Ainda assim, n�o levou uma mensagem agrad�vel: disse que a Europa n�o deve incorrer em pol�ticas que agravem o desemprego e que se traduzam em perda de conquistas sociais. H� ainda mais dois grandes desafios de primeira grandeza nas pr�ximas semanas: a reuni�o dos Ibas (Brasil, �ndia e �frica do Sul), na �frica do Sul, e a reuni�o do G-20, em Cannes, no in�cio de novembro.

Na segunda etapa da atual viagem � Bulg�ria, que se encerra hoje, a expectativa n�o era outra sen�o o reconhecimento de Dilma como uma das l�deres mundiais mais importantes. E o primeiro- ministro, Boyko Borisov, de fato n�o economizou palavras. Ele disse que Dilma � "a dirigente de uma das economias mais fortes do mundo". Agradeceu a vista da presidente ao pa�s porque, segundo ele, sinaliza para "Bruxelas e para o mundo a import�ncia da Bulg�ria". Em seguida, revelou o que lhe disse a secret�ria de Estado norte-americana, Hillary Clinton, em uma conversa que tiveram durante a posse de Dilma, em 1º de janeiro. "Ela me disse sentir inveja da Bulg�ria, que tem a presidente Dilma Rousseff uma amiga", contou Borisov.

Dilma e a diplomacia brasileira deixaram claros os esfor�os para que a visita dela � Bulg�ria, oficialmente iniciada nessa quarta-feira, n�o se limitasse � import�ncia pessoal, devido ao fato de seu pai ter nascido no pa�s. "Ao longo da prepara��o desta visita, minha orienta��o sempre foi muito clara: a de aproveitar o car�ter emotivo de uma viagem como esta para traduzi-lo em oportunidades concretas de coopera��o em benef�cio de nossos povos", disse Dilma, no encerramento de um encontro que reuniu l�deres empresariais brasileiros e b�lgaros.

Aumentar as exporta��es de produtos brasileiros � uma das metas do governo. Mas h� um outro especialmente nesta viagem de Dilma � Europa: vender o Brasil como uma pot�ncia global que deve ter maior peso nas decis�es pol�ticas e econ�micas. Esse objetivo ficou claro nos discursos de Dilma nessa quarta-feira, ap�s o encontro com o presidente Georgi Parvanov, durante a reuni�o com o primeiro-ministro Borisov e tamb�m na hora de falar aos empres�rios.

Al�m de abordar as oportunidades empresariais dos dois lados, Dilma voltou a comentar a crise econ�mica que afeta sobretudo a Europa, como havia feito em Bruxelas na segunda e na ter�a-feira. "O mundo enfrenta uma crise econ�mica sem precedentes. Os pa�ses desenvolvidos n�o encontram equil�brio entre ajustes fiscais apropriados e est�mulos necess�rios � economia. Insistem em velhas ideias. Muitas vezes, o que gerou a crise � reafirmado e prescrito como terapia para uma combalida economia mundial."

Pai Em entrevista a jornalistas de televis�o, no final do encontro empresarial, Dilma ressaltou que a visita � Bulg�ria � um momento especial. "� a terra de meu pai." Petar Rousev nasceu em 1900 em Gabrovo, no interior da Bulg�ria, a cerca de 200 quil�metros da capital. Em 1929, deixou o pa�s e na d�cada de 1940 estabeleceu-se no Brasil, depois de ter passado por outros pa�ses. A presidente dedica o dia de hoje a uma visita � cidade e a um forte militar que fica nas imedia��es. Indagada se estava preparada para a visita, ela hesitou: "Espero que esteja. Mas a gente nunca sabe. Na hora, a emo��o pode bater muito forte".

Em seguida, um jornalista b�lgaro perguntou o que ela devia a Petar Rousev, o que a surpreendeu: "A meu pai? A vida! Tem algo mais do que isso?". Ao despedir-se de Dilma, o presidente Parvanov, que acompanhou a entrevista, pediu desculpas pela pergunta do jornalista, que considerou inconveniente. Dilma lhe disse que n�o via qualquer problema e que a imprensa brasileira costuma agir da mesma forma.

Primas no jantar
Quatro primas de Dilma participaram nessa quarta-feira
do jantar oferecido � delega��o brasileira pelo presidente da Bulg�ria, Georgi Parvanov. Vesela Koleva e a m�e, Toshka Kovacheva, que moram em Gabrovo; Tsana Kamenova e Ralisa Neguentsova, que moram em S�fia. Todas pretendem estar hoje em Gabrovo, na visita de Dilma � cidade natal do pai. Segundo Neguentsova, que concedeu entrevista ao Estado de Minas, publicada na edi��o de segunda-feira, elas apenas cumprimentaram a presidente, mas n�o conversaram. "Eu espero falar com ela, nem que seja apenas por dois minutos." O que dir�? "N�o sei o que o cora��o vai querer dizer na hora", disse. De Gabrovo, Dilma embarca hoje para a Turquia, a etapa final da viagem.


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